Afundamento do solo diminui para 0,3 cm por hora em área da mina da Braskem, em Maceió

Dados da Defesa Civil de Maceió, capital do Alagoas, apontam que o ritmo de afundamento da mina de extração de sal-gema número 18, localizada no bairro Mutange, reduziu pela metade.

As informações divulgadas no início da noite deste domingo (3) indicam que a movimentação do solo diminuiu para 0,3 centímetros por hora, em comparação com os 0,7cm registrados pela manhã. Nas últimas 24 horas, o afundamento totalizou 7,4 cm. Desde terça-feira (28), a mina 18 acumulou um afundamento de 1,69 metros.

Não foram reportados novos abalos sísmicos na mina número 18. No sábado (2) e na sexta-feira (1º), foram detectados dois tremores, o primeiro com magnitude de 0,39 e o segundo de 0,89, ambos a 300 metros de profundidade.

A orientação da Defesa Civil permanece a mesma, recomendando que a população evite transitar na área desocupada na capital.

Desde 2019, cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas residências devido ao temor de tremores de terra que causaram rachaduras nos imóveis da região. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem foi responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e transformar bairros outrora movimentados e populosos em locais praticamente desertos.

Conforme alerta da Defesa Civil, a área da mina número 18 apresenta risco iminente de desabamento, com potencial para criar uma cratera maior que o estádio do Maracanã.

A Braskem comunicou que há a possibilidade de ocorrer um grande desabamento na área, mas também é factível que o solo se estabilize e cesse o processo de afundamento.