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Analista: com armas obsoletas EUA incitam corrida armamentista nuclear que só pode ter final trágico

© Sputnik / Ministério da Defesa da RússiaTestes do míssil balístico intercontinental Sarmat, 29 de março de 2018
Testes do míssil balístico intercontinental Sarmat, 29 de março de 2018  - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Os EUA permanecem atrás da Rússia e da China em termos de concorrência estratégica, enquanto ainda insistem em provocar conflitos com ambos os países na tentativa de reafirmar sua alegada superioridade. Essa situação pode produzir um resultado desastroso, aponta um analista à Sputnik.
No início de novembro, um teste programado de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) desarmado Minuteman III pelos Estados Unidos terminou em fracasso quando a Força Aérea foi forçada a autodestruir prematuramente o míssil em pleno voo. O Pentágono relatou que foi "devido a uma anomalia" durante o teste.
O míssil balístico nuclear está em serviço desde 1970, tendo sua vida útil estendida várias vezes após o fim da Guerra Fria em 1990, o que fez com que os EUA retirassem o foco da produção de mísseis estratégicos. Entretanto, quando novas armas dos EUA, nomeadamente o ICBM Sentinel e bombardeiros estratégicos B-21 Raider entrarem em serviço, elas serão superadas pelos armamentos da Rússia e China, uma vez que essas nações já alcançaram superioridade nuclear sobre os EUA, disse em entrevista à Sputnik o ex-oficial de inteligência dos EUA Scott Ritter.

“O Minuteman III é um míssil muito antigo. Ele foi renovado. O antigo combustível foi retirado e novo colocado. Mas o importante aqui é que ele chegou ao fim de sua utilidade neste teste. É um teste que a Força Aérea realiza periodicamente e que é projetado para mostrar a confiabilidade do sistema Minuteman III. Bem, ele falhou. E então o que temos aqui é uma relíquia da Guerra Fria que está em suporte de vida e pode não ser capaz de fazer o trabalho que deveria fazer”, disse o especialista.

Ritter aponta que, em comparação com os EUA, a Rússia tem mísseis modernos que estão sendo colocados em serviço agora, em particular o míssil balístico intercontinental pesado Sarmat que pode ser munido com várias ogivas, incluindo a ogiva hipersônica Avangard. E o míssil Yars, que não é apenas móvel, mas também pode ser disparado de um silo. E o míssil Yars também pode transportar a ogiva hipersônica Avangard.
Imagem fornecida pela Força Aérea dos EUA mostra o míssil balístico intercontinental Minuteman III sendo abatido na Base Aérea de Vandenberg, Califórnia. EUA, 1º de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 01.11.2023
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Míssil balístico intercontinental dos EUA fracassa em teste e é abatido no ar (VÍDEO)
"Então eles construíram esses novos mísseis, o Yars, o Sarmat, o Avangard e outros, incluindo um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, cujo teste de voo foi realizado com sucesso no mês passado. Todas essas armas foram produzidas pelos russos, são melhores do que tudo o que temos, não temos nada que seja semelhante a essas armas, o que significa que agora precisamos avançar para modernizar nosso próprio caminho," explicou ele.
"Temos que agir juntos e, se não o fizermos, corremos o risco de seguir o caminho de uma corrida armamentista nuclear que só pode ter um final trágico”, acrescentou o ex-oficial de inteligência dos EUA.
Ritter disse que o Ocidente subestimou a Rússia por décadas, apontando o desempenho da Rússia na operação especial na Ucrânia como um exemplo das consequências trágicas desse falso senso de superioridade.
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