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Enquanto o Ocidente chantageia seus aliados, a Rússia envia ajuda aos necessitados, diz especialista

© Sputnik / Pavel LisitsynLinha de processamento de grãos em Ekaterinburgo. Rússia, 13 de dezembro de 2022
Linha de processamento de grãos em Ekaterinburgo. Rússia, 13 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2023
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Especialistas da Sérvia e da Índia comentaram a respeito das remessas de alimentação gratuitas da Rússia para a África, que veem comprovando sua vontade genuína de ajudar "países famintos".
A Rússia não ganhará nada com a ajuda humanitária na forma de grãos para a África, mas obterá benefícios políticos por seu comportamento amigável com os necessitados, disse Mahmut Busatlija, um dos principais especialistas em desenvolvimento e investimento da Sérvia, à Sputnik.
Ele lembrou que as remessas de grãos para a Somália são apenas o começo, e que Vladimir Putin, presidente da Rússia, já prometeu várias vezes ajudar os países que realmente precisam e não podem comprar no mercado.

"Acredito que essa ação continuará. É difícil dizer em que volume. Isso dependerá principalmente dos resultados da produção agrícola na Rússia este ano. Se houver um excedente, então haverá maior chance de a Rússia ajudar os países famintos. Quanto ao aspecto econômico para a Rússia, ela não ganhará nada com isso e provavelmente vai querer pagar pelo transporte desse grão também", avaliou Busatlija.

No entanto, trata-se de uma boa jogada política, porque enquanto o Ocidente coletivo está chantageando até mesmo seus aliados mais próximos, a Rússia e a China estão se comportando de forma muito aberta e amigável com aqueles que mais precisam de ajuda, disse o especialista.
O presidente russo Vladimir Putin e o presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, participam de uma reunião à margem da 2ª Cúpula Rússia-África e Fórum Econômico e Humanitário no Centro de Congressos e Exposições ExpoForum em São Petersburgo, Rússia, 28 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.07.2023
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"E causa uma boa impressão, o que fica evidente nos fóruns internacionais dos quais um grande número de países participa. Por exemplo, recentemente em Pequim, na comemoração do décimo aniversário da Iniciativa Cinturão e Rota, cerca de 140 países estavam presentes, e mais de 60 países participaram da conferência de planejamento do BRICS. [...] Isso deixa uma impressão muito boa. Acredito que as ações para ajudar os países que precisam, antes de tudo, de alimentos e […] de energia continuarão."
A doutora Anuradha Chenoy, professora aposentada do Centro de Estudos Russos e da Ásia Central da Universidade Jawaharlal Nehru, Índia, concorda com essa opinião.
"A Rússia havia prometido que suas entregas de grãos às nações mais necessitadas da África continuariam, apesar dos bloqueios impostos pelos países ocidentais aos navios russos nos portos ocidentais", apontou.
"Está claro que, na nova 'corrida' pelos países africanos, o que mais importa é o apoio material, e não políticas de guerra fria. Anteriormente, as autoridades dos EUA advertiram os países africanos a não se envolverem com a Rússia. Claramente, esses países não estão dispostos a ouvir. Eles veem a Rússia como um parceiro testado pelo tempo. O gesto prova que essa tendência continuará", opinou Chenoy.
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