França propõe à UE sancionar colonos israelenses por ataques na Cisjordânia

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que os ataques diários aos palestinos na Cisjordânia mais do que duplicaram desde o começo de outubro. Mais de 200 palestinos foram mortos com violência na região este ano.

Nesta quarta-feira (29), Paris disse que a União Europeia (UE) deveria considerar sanções contra colonos israelenses que atacaram palestinos na Cisjordânia. Ao mesmo tempo, sinalizou que as negociações no bloco europeu para impor sanções aos comandantes do Hamas estavam progredindo.

"Acreditamos que a comunidade internacional tem um papel a desempenhar para pôr fim a esses atos de violência que são extremamente desestabilizadores para a região, mas que também prejudicam as perspectivas de uma solução de dois Estados", disse a porta-voz da chancelaria francesa, Anne-Claire Legendre, citada pela agência Reuters.

Uma fonte diplomática francesa afirmou que o país europeu é favorável às sanções da UE, mas que ainda não foi iniciado um debate no bloco sobre a questão.

Os Estados Unidos disseram na semana passada que estão preparados para proibir vistos contra "extremistas" que atacam civis na Cisjordânia, conforme noticiado.

Legendre também declarou que as negociações estavam avançando em Bruxelas para impor sanções, como o congelamento de bens e proibições de viagens aos comandantes do Hamas. Em 13 de novembro, Paris impôs sanções a nível nacional ao comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, e ao seu vice, Marwan Issa.