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Não é possível que Bretton Woods continue funcionando como se nada estivesse acontecendo, diz Lula

© Foto / Marcelo Camargo/Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante instalação da Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20, no Palácio do Planalto. Brasília, 23 de novembro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante instalação da Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20, no Palácio do Planalto. Brasília, 23 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.11.2023
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O governo brasileiro celebrou nesta quinta-feira (23) a instalação da Comissão Nacional do G20 para coordenar a presidência brasileira do grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo e cuja reunião o Brasil sediará no próximo ano. O presidente Lula aproveitou a oportunidade para destacar as mudanças de direção que o país dará à reunião global.
Segundo o chefe de Estado brasileiro, três temas deverão ser protagonistas na edição do G20 presidida pelo Brasil: a desigualdade social, a questão climática e a governança mundial. Para ele, "não é possível que Bretton Woods, o Banco Mundial, o FMI [Fundo Monetário Internacional] e tantas outras instituições financeiras continuem funcionando como se nada estivesse acontecendo no mundo, como se tudo estivesse resolvido."

"Muitas vezes, instituições emprestam dinheiro não com o objetivo de salvar o país que está tomando o empréstimo, mas para pagar dívidas e não para produzir um ativo produtivo. Uma demonstração de que não há contribuição para salvar a vida dos países", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia.

Brasil se propõe líder da reglobalização

Em seu discurso, o presidente também afirmou que o Brasil tem a oportunidade de ser líder em um novo mundo a partir da transição energética. "Esta transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século XX."
"Temos, no século XXI, a possibilidade de mostrarmos ao mundo que quem quiser pode utilizar a energia verde para produzir aquilo que é necessário à humanidade. O Brasil é o ponto seguro para que as pessoas possam vir aqui, fazer os seus investimentos e fazer com que este país se transforme em um país definitivamente desenvolvido."
A questão também foi tocada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Nós estamos propondo que o Brasil lidere uma espécie de reglobalização sustentável, do ponto de vista social e do ponto de vista ambiental."

"Há uma crescente percepção de que nenhuma sociedade pode ser próspera e segura, de verdade, em um mundo cada vez mais pobre e desigual, em risco de colapso ecológico."

"De um ponto de vista econômico, o mundo está em uma encruzilhada, ou continuamos caminhando para uma crescente fragmentação, com a formação de blocos protecionistas e consequências imprevisíveis para a estabilidade geopolítica, ou inventamos uma nova globalização — dessa vez, colocando questões socioambientais no centro de nossas preocupações", disse Haddad.
Para isso, será exposta no G20 uma trilha financeira com meios concretos para realizar essas prioridades de segurança climática e combate à pobreza.

"Para isso, será fundamental uma mobilização maciça de recursos internacionais que devem vir principalmente do norte para o Sul Global", disse Haddad.

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