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Investigação da PF aponta comercialização de ouro ilegal na Amazônia feita por militares

© AP Photo / Edmar BarrosUm garimpeiro mostra ouro que extraiu ilegalmente ao deixar o território indígena Yanomami antes das operações esperadas contra o garimpo ilegal em Alto Alegre, estado de Roraima, Brasil, 7 de fevereiro de 2023
Um garimpeiro mostra ouro que extraiu ilegalmente ao deixar o território indígena Yanomami antes das operações esperadas contra o garimpo ilegal em Alto Alegre, estado de Roraima, Brasil, 7 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2023
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A apuração em curso realizada pela Polícia Federal (PF) revelou que ouro extraído de garimpo ilegal na Amazônia estava sendo vendido por militares a mando de um tenente-coronel.
Além de aliciar subordinados para vender ouro de garimpo ilegal, o tenente-coronel Abimael Alves Pinto também é suspeito de "recepcionar" um líder garimpeiro dentro do Batalhão de Infantaria de Selva, em Manaus, onde era responsável pelo controle operacional de ações na fronteira, segundo o jornal O Globo.

"Também foi possível constatar que Abimael se utilizou de militares de patente menor para realizar a venda de ouro que conseguia com o garimpo ilegal, atividade essa que realizava dentro do horário de trabalho", diz um trecho do relatório da PF visto pela mídia.

De acordo com o jornal, há indícios de que Alvez Pinto fornecia informações privilegiadas sobre ações do Exército e da PF em troca de propina. Parte desse dinheiro teria sido pago com o minério.
Uma das provas utilizadas pela PF para indicar o militar em um inquérito policial militar é um diálogo entre Alvez Pinto e um cabo ocorrido em agosto de 2020.
Um roteador Starlink, que oferece conexão de alta velocidade em locais remotos da Amazônia brasileira, pode ser visto no canto inferior direito após foto feita pelo IBAMA na Terra Indígena Yanomami, Roraima, Brasil, 14 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.06.2023
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O subordinado envia ao superior a foto de um bolo de notas de dinheiro no bolso de um uniforme militar. Segundo os investigadores, o montante havia sido levantado com a venda do ouro retirado de garimpos. Nas mensagens, o cabo diz que está "com medo" de depositar tantas cédulas no banco, escreve a mídia.
"Chefe, é o seguinte, a quantidade de cédulas por envelope é de 20 cédulas. O que o senhor acha? O banco já não dá para entrar ninguém, fechou 15h00 para depositar na boca do caixa. E eu acho muito perigoso ficar contando dinheiro e botando no envelope lá", diz o cabo. O tenente-coronel então responde: "Pode ir lá. Faça com calma".
A defesa de Alvez Pinto refuta as acusações e diz que o militar teve o seu nome "envolvido injustamente por pessoas inescrupulosas", segundo o comunicado emitido por seu advogado Fernando Madureira.
A PF indiciou o tenente-coronel pelos crimes de usurpação de patrimônio da União, lavagem de dinheiro, associação criminosa e tentativa de impedir ação fiscalizadora do poder público. Alvez Pinto também é alvo de um inquérito na Justiça Militar.
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