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Especialista acusa EUA de roubar crédito por libertação de reféns e trégua entre Israel e Hamas

© AP Photo / Evan VucciJoe Biden, presidente dos EUA, fala sobre a situação fiscal do país durante encontro do Conselho Presidencial de Consultores de Ciência e Tecnologia (PCAST, na sigla em inglês). São Francisco, 27 de setembro de 2023
Joe Biden, presidente dos EUA, fala sobre a situação fiscal do país durante encontro do Conselho Presidencial de Consultores de Ciência e Tecnologia (PCAST, na sigla em inglês). São Francisco, 27 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2023
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Poucas horas depois do acordo de troca de prisioneiros, firmado ontem (21), e uma pausa de quatro dias nos conflitos entre Israel e o Hamas, a mídia dos EUA noticiou sobre o heroico papel "secreto" da equipe de Biden em garantir a trégua. Mas não foi assim que as coisas aconteceram, afirma um especialista ouvido pela Sputnik.
"Grande parte do trabalho não foi feito pelos Estados Unidos ou por Joe Biden pessoalmente, mas pelo Catar", disse Mehran Kamrava, professor no campus do Catar da Universidade de Georgetown.
As negociações foram realizadas pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, pelo ministro das Relações Exteriores e por "funcionários presentes no local", afirmou o acadêmico, acrescentando que Doha foi responsável "por grande parte das negociações difíceis", não os Estados Unidos.
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Doha citou gentilmente o apoio egípcio e dos EUA durante as negociações como um fator do seu sucesso, mas os responsáveis de Washington e dos meios de comunicação social dos Estados Unidos iniciaram imediatamente uma campanha de autoengrandecimento destinada a falar da importância do papel "secreto" do presidente Biden, que teria se envolvido "diretamente e pessoalmente" nas negociações.

"A administração dos EUA se envolveu para parecer que era a favor daquilo a que chamam uma 'pausa humanitária' ou um 'cessar-fogo'. Na verdade, a administração dos EUA se recusou firmemente a pôr fim ao genocídio palestino realizado pelo governo israelense", enfatizou Kamrava.

O acadêmico acredita que os EUA só aderiram às negociações de cessar-fogo porque os custos políticos para Biden estavam "ficando extremamente caros", com o ex-presidente Donald Trump projetado para vencer as eleições do ano que vem, segundo recentes pesquisas.

"Precisamos estar conscientes do fato de que tudo o que o governo [dos EUA] faz, incluindo exagerar o seu trabalho e os seus esforços para libertar reféns civis, tem como objetivo final o resultado eleitoral."

"Quando [o presidente russo Vladimir] Putin diz que Biden tem tentado monopolizar as negociações, ele está, de certa forma, correto", disse Kamrava. "O que Biden está tentando fazer é reivindicar o crédito pelo difícil trabalho realizado pelo governo do Catar."
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