China e EUA anunciam acordo bilateral para produção de energia renovável e combate à crise climática

A transição energética é o mote de uma parceria bilateral entre a China e os Estados Unidos, anunciada pelos dois países em anúncio conjunto, nesta terça-feira (14).

A "Declaração de Sunnylands sobre o Reforço da Cooperação para Enfrentar a Crise Climática" foi firmada às vésperas do encontro entre o presidente dos EUA Joe Biden e o presidente da China, Xi Jinping, previsto para amanhã, na ocasião da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), na cidade norte-americana de São Francisco, estado da Califórnia.

A declaração é resultado dos encontros entre o enviado presidencial especial dos EUA para o Clima, John Kerry, e o enviado especial da China para Mudanças Climáticas, Xie Zhenhua, em Pequim entre 16 e 19 de julho de 2023 e em Sunnylands, Califórnia, na semana passada.

O comunicado reafirma o compromisso com a declaração do G20, que reúne as maiores economias do mundo, para triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030.

China e Estados Unidos também se prometeram a trabalhar para um acordo comum de combate à poluição de plástico e metano e reiteraram os esforços para promover a implementação eficaz da Declaração Conjunta China-EUA sobre a Resposta à Crise Climática, selada em abril de 2021, e da Declaração Conjunta China-EUA de Glasgow, sobre o Reforço da Ação Climática na Década de 2020, assinada em novembro de 2021.

"Os Estados Unidos e a China estão comprometidos em ampliar seus diálogos, esforços e colaboração para apoiar a presidência dos Emirados Árabes Unidos para o sucesso da COP28", conclui a declaração.

As iminentes conversas de Xi com Biden serão as primeiras entre os dois chefes de Estado desde o encontro em Bali, na Indonésia, há um ano.

A edição da APEC deste ano têm como tema "Criar um futuro resiliente e sustentável para todos".