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Acordo entre Turquia e EUA é impossível se Washington considerar Gaza parte de Israel, diz Erdogan

© Sputnik / Pavel BednyakovPresidente reeleito turco Recep Tayyip Erdogan fala a seus apoiadores na praça em frente ao Palácio Presidencial em Ancara.
Presidente reeleito turco Recep Tayyip Erdogan fala a seus apoiadores na praça em frente ao Palácio Presidencial em Ancara. - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2023
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Qualquer acordo entre a Turquia e os Estados Unidos sobre a Faixa de Gaza é impossível se Washington considerar o enclave território israelense, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, neste domingo (12).

"O principal país que deve avançar são os Estados Unidos, que têm influência sobre Israel [...]. Gaza é terra do povo palestino. Os Estados Unidos têm de reconhecer isso. Se a abordagem de Biden é que Gaza não é terra palestina, mas terra dos colonos ocupantes ou de Israel, então o nosso acordo é impossível", disse Erdogan aos jornalistas ao regressar de Riad, onde teve lugar a cúpula extraordinária conjunta da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) e da Liga Árabe.

O presidente turco disse que não ligaria para Biden para discutir a situação na Faixa de Gaza.
"O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez uma visita aqui [à Turquia]. Acredito que será Biden quem nos receberá agora", acrescentou Erdogan.
A Turquia é um país-chave na região e nenhum plano ou iniciativa regional pode ser realizado sem a sua participação, disse Erdogan, acrescentando que Ancara apresentou as propostas mais realistas para resolver a questão palestina.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, participa de coletiva de imprensa com Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, em Tel Aviv, Israel, 17 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2023
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Inércia da ONU na crise de Gaza

Erdogan criticou as Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança por não agirem em relação à crise de Gaza, chamando a organização de "ineficaz" e pedindo uma reforma de seus sistemas permanentes de adesão e de veto.
"A ONU se tornou ineficaz. Isto é, mesmo o Conselho de Segurança da ONU não consegue alcançar quaisquer resultados. Se um membro do conselho agir incorretamente, então nada acontece", disse Erdogan aos jornalistas após o seu regresso da Arábia Saudita, acrescentando que "o sistema de adesão e de veto na ONU devem ser alterados."
O Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes com poder de veto e dez membros não permanentes eleitos para mandatos de dois anos, totalizando 15 nações. Erdogan acusou a ONU de fechar os olhos ao sofrimento dos habitantes de Gaza e disse que "o futuro do mundo e a vida dos povos não podem ser deixados à mercê de cinco países com poder de veto".
"Sempre disse e seguirei dizendo que o sistema mundial é injusto [...]. Uma estrutura que não se renova não pode existir na nova ordem mundial", acrescentou.
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