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EUA retêm relatório sobre casos de câncer em base da Marinha; 117 mil indenizações já foram pedidas

© AP Photo / Alex BrandonO Comandante Assistente do Corpo de Fuzileiros Navais, General Eric Smith, fala com os Fuzileiros Navais dos EUA do 2º Grupo de Logística da Marinha de Camp Lejeune, N.C., enquanto eles se alistam no Memorial do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, 23 de fevereiro de 2023
O Comandante Assistente do Corpo de Fuzileiros Navais, General Eric Smith, fala com os Fuzileiros Navais dos EUA do 2º Grupo de Logística da Marinha de Camp Lejeune, N.C., enquanto eles se alistam no Memorial do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, 23 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2023
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Estudo sobre câncer e mortalidade produzido por agência de saúde norte-americana apontou taxas elevadas de câncer em militares e civis que viviam e trabalhavam em importante base da Marinha na Carolina do Norte. No entanto, a divulgação do documento está sendo retida.
Um relatório sobre as descobertas foi apresentado em abril, mas a Agência para Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças (ATSDR, na sigla em inglês) ainda não o divulgou, indignando as pessoas que dizem ter ficado doentes ao beberem água contaminada na base da Marinha de Camp Lejeune, perto de Jacksonville na Carolina do Norte, segundo a Reuters.
O governo norte-americano já acumula bilhões em potenciais pagamentos a trabalhadores e residentes que afirmam ter sido prejudicados pela água potável contaminada com combustível, solventes e outras toxinas provenientes dos poços de Camp Lejeune. Eles apresentaram mais de 117 mil pedidos de indenização ao governo e mais de 1.320 processos civis, relata a mídia.
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O estudo aumenta o número conhecido de câncer ligados à água potável contaminada na base, de acordo com Kenneth Cantor, antigo epidemiologista do Instituto Nacional do Câncer que leu o estudo.
"As descobertas também fornecem as evidências mais fortes até o momento de que a água contaminada causou câncer", disse Cantor citado pela mídia.
Na visão de Michael Partain, que viveu na base militar quando criança, atrasar a divulgação do relatório é o mesmo que reter provas. Partain processa o governo pelo raro caso de câncer de mama masculino que desenvolveu aos 39 anos.
"Ao atrasar o relatório, a ATSDR está ajudando o governo a defender-se da responsabilidade em Camp Lejeune, porque estes relatórios são fundamentais para a compreensão dos efeitos das nossas exposições", afirmou Partain.
O autor do relatório, Frank Bove, epidemiologista sênior da ATSDR e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), diz que o documento já deveria ter sido divulgado.
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"Fiquei frustrado com o processo", disse Bove no mês passado em uma reunião do Painel de Assistência Comunitária de Camp Lejeune, formado para aconselhar a ATSDR sobre a investigação na base. Bove tem 30 anos de experiência e é autor de pelo menos 20 estudos na agência.
O epidemiologista usou dados de todos os registros de câncer dos Estados Unidos para documentar taxas elevadas de alguns tipos de câncer entre militares e civis de Camp Lejeune que adoeceram com câncer de 1996 a 2017. Ele comparou as taxas de Camp Lejeune as de Camp Pendleton, uma base da Marinha da Califórnia que não têm água potável contaminada com combustível, acrescentou a mídia.
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