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África do Sul convoca embaixador de Israel no país por 'conduta infeliz'

© AFP 2023 / Belal AlsabbaghPrédios destruídos na cidade de Al-Zahra, Faixa de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após bombardeio israelense durante a noite, em meio aos combates contínuos entre Israel e o grupo palestino Hamas
Prédios destruídos na cidade de Al-Zahra, Faixa de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após bombardeio israelense durante a noite, em meio aos combates contínuos entre Israel e o grupo palestino Hamas - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2023
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A escalada do conflito entre Israel e Hamas, que nesta sexta-feira (10) fez o número de mortes ultrapassar 11 mil na Faixa de Gaza, aumenta a lista de países com relações estremecidas com Tel Aviv. Quem se uniu ao grupo foi a África do Sul, que decidiu convocar o embaixador israelense no país, Eliav Belotserkovsky, por sua "conduta infeliz".
"O Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO) [na sigla em inglês] enviou o Embaixador do Estado de Israel na África do Sul […] para discutir a recente conduta infeliz em relação ao desenrolar da trágica guerra Israel-Palestina", informou em comunicado.
O diretor-geral do órgão sul-africano, Zane Dangor, pediu que o embaixador se comporte conforme o que está previsto no direito internacional, como reconhecer as decisões soberanas da nação anfitriã, e também transmita as preocupações de Pretória com o conflito. Há mais de um mês Israel realiza bombardeios diários contra a Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.

"A resposta de Israel foi ilegal […], e a liderança de Israel deve ser investigada por crimes de guerra e contra a humanidade, além de genocídio", complementa.

Além de dificultar a entrada da ajuda humanitária, com hospitais chegando a usar analgésicos para amputar pacientes por falta de anestesia, Israel já atacou hospitais, escolas, ambulâncias e até campos de refugiados. Só em um dos vários bombardeios que geraram críticas internacionais ferrenhas, mais de 500 palestinos morreram.
A Assembleia Geral da ONU chegou a aprovar, em outubro, uma resolução da Jordânia que pedia um cessar-fogo imediato e a entrada de alimentos, remédios, água e combustíveis, o que foi ignorado por Israel. A África do Sul foi um dos países que endossaram o pedido.
O Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken (3º L) e o Presidente dos EUA Joe Biden (4º L) ouvem o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enquanto participam de uma reunião do gabinete de guerra israelense em Tel Aviv em 18 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2023
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Diplomatas chamados para consulta

Na última segunda-feira (6), a ministra da Presidência da África do Sul, Khumbudzo Ntshavheni, disse que o país chamaria todos os diplomatas de Tel Aviv para consulta. "Um genocídio sob a vigilância da comunidade internacional não pode ser tolerado", disse a política sul-africana. Com isso, diplomatas retornaram ao país.
Khumbudzo já havia criticado os "comentários depreciativos do embaixador israelense na África do Sul sobre aqueles que se opõem às atrocidades e ao genocídio do governo" do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Por conta disso, a ministra acrescentou que a relação com o diplomata estava "se tornando insustentável".
Na América Latina, países como Colômbia e Chile convocaram seus embaixadores em Tel Aviv em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Já o governo boliviano de Luis Arce foi ainda mais duro e decidiu romper relações diplomáticas com Israel, "em repúdio e condenação à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense".
O conflito começou no dia 7 de outubro, depois que o Hamas fez um ataque-surpresa contra Israel e conseguiu driblar o sistema de defesa do país. Além disso, militantes entraram no território israelense pela fronteira sul, quando mais de 1,4 mil pessoas morreram e outras 220 foram capturadas — muitas são mantidas reféns até hoje.
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