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Rússia e China reafirmam cooperação militar, mas mantêm independência estratégica, diz especialista

© Sputnik / Mikhail Tereshchenko / Acessar o banco de imagensXi Jinping e Vladimir Putin apertam as mãos após a assinatura de uma declaração conjunta sobre o aprofundamento da parceria abrangente e cooperação estratégica e sobre o plano de desenvolvimento de áreas-chave da cooperação econômica até 2023, no Kremlin de Moscou, na Rússia
Xi Jinping e Vladimir Putin apertam as mãos após a assinatura de uma declaração conjunta sobre o aprofundamento da parceria abrangente e cooperação estratégica e sobre o plano de desenvolvimento de áreas-chave da cooperação econômica até 2023, no Kremlin de Moscou, na Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
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Um analista militar chinês sublinhou a natureza única e mutuamente benéfica das relações de defesa sino-russas, que destaca como resposta à pressão ocidental.
O nível de cooperação militar entre a Rússia e a China está aumentando constantemente, como constatou o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião com Zhang Youxia, vice-presidente do Conselho Militar Central da China. Putin também destacou a cooperação como construtiva e um fator de estabilidade na arena internacional.
Youxia também sublinhou em uma recente reunião com Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, a ausência de intenção mútua de criar qualquer aliança militar.

Ao mesmo tempo, Putin chamou a atenção para a vontade da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] de expandir sua estrutura geográfica para a Ásia, o que cria "uma situação tensa na região da Ásia-Pacífico, tentando criar novas alianças político-militares na região".

No entanto, Moscou e Pequim estão reagindo a isso com calma, reforçando suas capacidades de defesa, inclusive por meio de exercícios navais e aéreos conjuntos, garantiu o chefe de Estado russo. Tal fator tem benefícios suficientes, não sendo necessário uma aliança militar, opinou Zhou Rong, pesquisador sênior do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Popular da China, em entrevista à Sputnik.
Vladimir Putin, presidente russo, ouve Xi Jinping, presidente chinês, durante cerimônia de boas-vindas aos chefes das delegações participantes do 3º Fórum do Cinturão e Rota, no Grande Salão do Povo, em Pequim. China, 17 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 08.11.2023
Panorama internacional
Putin: Rússia e China reagem tranquilamente à criação de blocos militares dos EUA com outros países
"As Forças Armadas da China e da Rússia mantêm a independência estratégica, por um lado, e uma estreita interação, por outro, o que atende às necessidades de cooperação entre os dois países em meio à pressão dos EUA e do Ocidente sobre a China e a Rússia. […] A China e a Rússia podem manter uma relação de amizade e cooperação sem aliança militar. Esse relacionamento também é de grande importância para a paz e a estabilidade regionais", avaliou ele.

"[…] A formação de blocos militares é uma prática da Guerra Fria, e os EUA e os países ocidentais não estão acima de tal coisa. Os EUA não só formaram a OTAN, mas também muitas alianças militares bilaterais e multilaterais com países da região Ásia-Pacífico, como Nova Zelândia, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Filipinas. Eles estão se esforçando para formar uma miniversão asiática da OTAN. Tudo isso está fora de sintonia com os tempos, pois o que é relevante agora é a paz e o desenvolvimento."

Putin também falou da necessidade de cooperação nas áreas militar e técnico-militar, incluindo no espaço, para garantir a segurança estratégica da Rússia e da China. Zhang Youxia reafirmou a disposição da China de trabalhar com a Rússia para proteger conjuntamente os interesses de ambos os países, aprofundar ainda mais a cooperação prática entre suas Forças Armadas e garantir a prosperidade e a estabilidade no mundo e na região.
Tal cooperação deve se manter, apesar da possibilidade de uma reunião entre Xi Jinping e Joe Biden, presidentes da China e dos EUA, respectivamente, após a visita de Putin à China, não sendo esperado sob nenhuma circunstância que a primeira abale os laços sino-russos.
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