Nova lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza é publicada; brasileiros ficam de fora

É a quarta vez consecutiva que brasileiros não são incluídos na lista. Entre os 636 autorizados a deixar o enclave estão cidadãos de Estados Unidos, Reino Unido, França, Filipinas, Ucrânia, Moldávia, Canadá, Alemanha e Romênia.

O posto de controle de Rafah, na Faixa de Gaza, publicou nesta terça-feira (7) uma nova lista de portadores de passaportes estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza. No total, 636 cidadãos estrangeiros foram autorizados a deixar o enclave. Porém, brasileiros ficaram de fora da lista pela quarta vez consecutiva.

Entre os autorizados estão cidadãos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, das Filipinas, da Ucrânia, da Moldávia, do Canadá, da Alemanha e da Romênia.

A lista atual é publicada após dois dias consecutivos de espera por uma nova lista. Conforme informou anteriormente o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), pessoas com dupla cidadania não cruzaram a fronteira com o Egito, através da passagem de Rafah, por dois dias seguidos.

A passagem de Rafah é a única saída entre o Egito e a Faixa de Gaza. Desde a semana passada, cidadãos estrangeiros têm conseguido deixar o enclave através da passagem.

O Ministério das Relações Exteriores segue empenhado nas negociações com Israel e o Egito para obter a permissão para evacuar os cidadãos brasileiros. Na última sexta-feira (3), o ministro Mauro Vieira afirmou que a expectativa é que brasileiros recebam autorização até a próxima quarta-feira (8). Ele disse que recebeu garantias de seu homólogo israelense, Eli Cohen.

"Foi a quarta vez que estive com o ministro. Ele me deu garantias de que até quarta-feira todos os brasileiros que estão em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah", contou.

No sábado (4), o assessor especial da presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, ligou para o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. Na conversa, ele expressou inquietação pela demora na liberação dos brasileiros e disse não entender por que o Brasil, um dos primeiros a iniciar negociações com Israel para a retirada de seus civis do enclave, ainda não recebeu autorização.