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Não há tempo suficiente para 'erradicar' o Hamas, admite Israel

© AP Photo / Hatem AliPalestinos buscam por sobreviventes em meio aos destroços na Faixa de Gaza. Rafah, 31 de outubro de 2023
Palestinos buscam por sobreviventes em meio aos destroços na Faixa de Gaza. Rafah, 31 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2023
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Diante do aumento da pressão internacional pelo fim da guerra na Faixa de Gaza, que já perdeu quase 9,4 mil pessoas por conta dos ataques, Israel teme que não terá tempo suficiente para erradicar todas as forças do Hamas. A informação é do jornal The New York Times, que citou como fonte um alto funcionário militar do país.
Conforme ele, as Forças de Defesa de Israel (FDI) vão conseguir tomar o controle do território, porém não tem "certeza, dado o crescente repúdio internacional ao país, de que eles terão tempo suficiente para erradicar todas as forças" do movimento.
Para concluir o objetivo, o militar disse que seriam necessários meses. Atualmente, a guerra acontece tanto por terra, ar e mar, com bombardeios e ataques diários. Hospitais, escolas e até campos de refugiados já foram atingidos pelo Exército israelense em Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.
Quase metade da população palestina precisou evacuar cidades inteiras, principalmente na região Norte, onde a tensão é ainda maior. Mais de 32 mil pessoas já ficaram feridas e os hospitais estão em situação de colapso, com falta de estrutura, profissionais e até medicamentos como anestésicos, primordiais para a realização das cirurgias.
De acordo com a ONU, a situação em Gaza é catastrófica e essa é a maior crise humanitária já vivida pela população, que 80% do total está na faixa da pobreza. Antes do conflito, pelo menos 500 caminhões com ajuda humanitária chegavam ao território, que ficou mais de dez dias sem receber nada.

Conflito começou há quase um mês

Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, quando o sistema de defesa antimísseis foi rompido. Na sequência, combatentes do Hamas entraram pelo país através da fronteira sul, quando assassinaram milhares de civis e fizeram mais de 220 pessoas reféns. Elas ainda seguem sob o poder do movimento.
Como resposta, Israel declarou guerra ao Hamas na Faixa de Gaza e, em questão de dias, o Exército assumiu o controle de todas as localidades na fronteira com Gaza e iniciaram ataques aéreos em instalações. Além disso, o país impôs um bloqueio total ao território: a entrega de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível foi interrompida.
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) admitiram que até ambulâncias foram atacadas na Faixa de Gaza. Porém, elas estariam com membros do movimento Hamas e vários combatentes foram mortos nestes veículos nesta sexta. O chefe da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus disse que ficou chocado com os relatos de ataque e pediu proteção aos profissionais de saúde e pacientes.
O conflito entre palestinos e israelenses, relacionado a interesses territoriais, tem sido uma fonte de tensão e confrontos na região por décadas. A ONU decidiu, em 1947, a criação de dois estados, Israel e Palestina, mas apenas o estado israelense foi estabelecido.
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