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Ucrânia quer cortar o fornecimento de gás à Europa

© AFP 2023 / SERGEY BOBOKA picture shows a pressure gauge at a compressor station of Ukraine's Naftogaz national oil and gas company near the northeastern Ukrainian city of Kharkiv on August 5, 2014
A picture shows a pressure gauge at a compressor station of Ukraine's Naftogaz national oil and gas company near the northeastern Ukrainian city of Kharkiv on August 5, 2014 - Sputnik Brasil, 1920, 29.10.2023
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O chefe da empresa ucraniana de gás natural Naftogaz, Aleksei Chernyshev, afirmou que a Ucrânia não tem intenção de prorrogar o acordo de entrega de gás russo para a Europa, que expira no final de 2024. Isto ocorre em meio a uma crise energética no continente, devido a elevação dos preços dos combustíveis por conta das sanções contra a Rússia.
Segundo o responsável, a Ucrânia não necessita do fornecimento de gás da Rússia e apenas garante o trânsito do recurso para apoiar os países da União Europeia (UE), especialmente aqueles que não tem acesso ao mar. "Não podemos hoje privar certos países da UE da possibilidade de receber o combustível azul e preparar-se para o inverno", disse o presidente da Naftogaz.
Segundo o conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk, Yan Gagin, essa atitude foi a forma encontrada por Kiev de chantagear a Europa para receber auxílios financeiros e militares.
"A Ucrânia está tentando com todas as suas forças atrair mais uma vez a atenção dos EUA e da Europa para continuarem com os mesmos envios de dinheiro e ajuda militar, à custa das quais a liderança ucraniana tem vivido há vários anos", explicou Gagin.

"A Ucrânia nunca foi avessa à chantagem", disse.

Para o analista do Fundo Nacional de Segurança Energética Nacional, Igor Yushkov, o fim do acordo vai provocar um aumento dos preços mundiais de energia.
"Os volumes [de trânsito] já são pequenos, mas perdê-los significa provocar uma escassez adicional de gás no mercado europeu e aumentar os preços. Não estamos dizendo que a Europa vai congelar sem o gasoduto ucraniano, mas será um fator no aumento dos preços", destacou o especialista em entrevista ao Lenta.ru.
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Os países europeus como um todo enfrentam uma grave crise energética causada em muitos aspectos pelas sanções contra a Rússia devido à sua operação militar especial.
O presidente do país, Vladimir Putin, sublinhou que o seu Estado continua a fornecer combustível aos países europeus e a pagar a Ucrânia pelo transporte de gás porque "temos de cumprir as nossas obrigações". Ele observou que, embora Kiev tenha chamado Moscou de "agressor", o país não se recusou a receber nenhum pagamento pelo uso do gasoduto.
A Rússia atualmente fornece gás para a Europa através da Ucrânia no valor de 41,4 milhões de metros cúbicos por dia, segundo dados da empresa Gazprom.
"Existem dois ramais do gasoduto que atravessa a Ucrânia. A Ucrânia fechou um deles, não fomos nós. A propósito, continuamos a fornecer gás à Europa através do segundo ramal, enquanto a Ucrânia, apesar de nos chamar de agressor, cobra pelo transporte", disse Putin na sessão plenária do Fórum Econômico da Eurásia.
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