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Cúpula no Egito sobre conflito Israel-Palestina termina sem acordo e evidencia polarização

© AP Photo / Mídia AssociadaParticipantes da Cúpula Internacional da Paz posam para uma foto de grupo na Nova Capital Administrativa, nos arredores do Cairo, Egito, 21 de outubro de 2023
Participantes da Cúpula Internacional da Paz posam para uma foto de grupo na Nova Capital Administrativa, nos arredores do Cairo, Egito, 21 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.10.2023
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Reunião pretendia explorar como evitar uma guerra regional mais ampla, mas há dificuldade para se chegar a um consenso devido diferentes pontos de vista entre Estados árabes e países ocidentais.
O Egito convocou uma cúpula hoje (21) com líderes árabes no Cairo para tratar do conflito entre Israel e Palestina, mas o encontro não resultou em qualquer acordo, segundo a Reuters.
O governo egípcio esperarava que os participantes apelassem à paz e retomassem os esforços para resolver a busca palestina de décadas por um Estado, relata a mídia.
Porém, os diplomatas presentes não estavam otimistas quanto a um avanço uma vez que Israel está preparando sua invasão terrestre de Gaza com o objetivo de exterminar o Hamas. Enquanto Estados árabes e muçulmanos apelaram ao fim imediato da ofensiva de Israel e o cessar-fogo, países ocidentais manifestaram em sua maioria objetivos mais modestos, como a ajuda humanitária aos civis, escreve a mídia.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, se reúne com Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia (fora da foto), nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, EUA, 20 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.10.2023
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A França apelou à criação de um corredor humanitário para Gaza que, segundo ela, poderia levar a um cessar-fogo. O Reino Unido e a Alemanha instaram os militares israelenses a mostrarem moderação e a Itália disse que era importante evitar escalada.
Os Estados Unidos, aliado mais próximo de Israel, apenas enviaram o seu encarregado de negócios do Cairo, que não discursou na reunião em público.
O rei Abdullah da Jordânia denunciou o que chamou de silêncio global sobre os ataques de Israel, que mataram milhares de pessoas na Faixa de Gaza e deixaram mais de um milhão de desabrigados, e apelou a uma abordagem imparcial ao conflito israelo-palestino, afirma a mídia.

"A mensagem que o mundo árabe está a ouvir é que as vidas palestinas importam menos do que as israelenses", disse ele, acrescentando que estava indignado e triste com os atos de violência perpetrados contra civis inocentes em Gaza, na Cisjordânia ocupada e em Israel.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse três vezes que os palestinos não seriam deslocados ou expulsos de suas terras: "Não iremos embora, não iremos embora", afirmou.
Os Estados árabes temem que a ofensiva possa expulsar permanentemente os residentes de Gaza das suas casas até mesmo para os estados vizinhos - como aconteceu quando os palestinos fugiram ou foram forçados a abandonar as suas casas na guerra de 1948, após a criação de Israel.
Soldado do Exército israelense segura projéteis no alto de um tanque Merkava, em meio a concentração de tanques na alta Galileia, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, em 11 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.10.2023
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Israel prometeu varrer o Hamas "da face da terra" devido ao ataque chocante de 7 de outubro, o ataque militante palestino mais mortal nos 75 anos de história de Israel.
Tel Aviv instou os palestinos a se deslocarem para sul dentro de Gaza para sua própria segurança, embora a faixa costeira tenha apenas 45 quilômetros de comprimento e os ataques aéreos israelenses também tenham atingido o sul.
O Egito teme a insegurança perto da fronteira com Gaza, no nordeste do Sinai, onde enfrentou uma insurreição islâmica que atingiu o seu pico depois de 2013 e que foi agora amplamente reprimida.
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A Jordânia, lar de muitos refugiados palestinos e de seus descendentes, teme que uma conflagração mais ampla dê a Israel a oportunidade de expulsar em massa os palestinos da Cisjordânia. O rei Abdullah disse que o deslocamento forçado "é um crime de guerra de acordo com o direito internacional e uma linha vermelha para todos nós".
A Rússia enviou o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, que reforçou a necessidade urgente de chegar a um acordo para acabar com o conflito.
Pouco antes da abertura da cimeira, caminhões carregados com ajuda humanitária começaram a entrar na passagem de Rafah para Gaza.
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