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Secretário-geral da ONU pressiona por chegada de ajuda humanitária a palestinos em Gaza

© AP Photo / Mohammed AsadSecretário-geral da ONU, António Guterres, em coletiva de imprensa durante viagem ao Egito. Rafah, 20 de outubro de 2023
Secretário-geral da ONU, António Guterres, em coletiva de imprensa durante viagem ao Egito. Rafah, 20 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.10.2023
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Em viagem ao Egito por conta do conflito entre Israel e Hamas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pressionou nesta sexta-feira (20) pela chegada de ajuda humanitária aos palestinos que vivem na Faixa de Gaza. O território segue bloqueado por terra, mar e água pelos israelenses, que bombardeiam intensamente a região desde o início do mês.
A entidade tenta uma negociação para que as duas partes envolvidas no conflito garantam a entrega de insumos básicos à população civil. As conversas já estão avançadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao todo, três mil toneladas de alimentos já aguardam na fronteira entre o Egito e Gaza, a única que não é controlada por Israel. Os Estados Unidos, principal fiador dos israelenses no conflito, também estão envolvidos na discussão do acordo.
Ao todo, a Faixa de Gaza conta com quase 2,3 milhões de habitantes — a maior parte da região norte, que é a mais atingida pelos bombardeios. Na última semana, Israel chegou a dar 24 horas para que a população se deslocasse para a porção sul do território, o que foi condenado pela comunidade internacional. Os últimos dados da ONU apontavam que mais de 340 mil pessoas estavam desabrigadas por conta do conflito.

"Estamos em negociações profundas e avançadas com todos os lados relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível e com as condições certas", afirmou Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), à Reuters.

Na quinta-feira (19), um acordo entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, chegou a ser confirmado para a passagem dos primeiros 20 caminhões ao território da Faixa de Gaza através de Rafah, a única entrada que não é controlada pelos israelenses. Porém, a ONU enfatizou que a operação de entrega dos alimentos deve ser em escala e de forma sustentada.
Ainda há expectativa de uma cúpula que deve envolver 19 países para discutir a escalada do conflito no sábado (21). O encontro vai acontecer no Egito, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, já está a caminho da região. Desde o início do mês, o Brasil preside o Conselho de Segurança da ONU.
Soldados norte-coreanos marcham durante um desfile militar em massa na Praça Kim Il Sung, em Pyongyang, para comemorar os 100 anos desde o nascimento do fundador norte-coreano, Kim Il Sung (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 20.10.2023
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Dependência de ajuda humanitária

Bloqueada por Israel desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle da região, a Faixa de Gaza é um dos territórios mais pobres do mundo. Ao todo, mais de 80% da população vive na pobreza. No ano passado, os índices de desemprego chegaram a 45%. Limitada pelo mar Mediterrâneo e a fronteira com Israel e Egito, a localidade tem apenas 41 km de comprimento e 10 km de largura, e é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.
Por conta dos altos índices de miséria, Gaza é extremamente dependente de ajuda humanitária e, antes do conflito, pelo menos 450 caminhões com alimentos chegavam na região todos os dias. Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, o estoque de comida na região vai acabar em menos de duas semanas.
Os bombardeios constantes e o cerco total ao território, com corte até de energia elétrica por Israel, configuram uma crise humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza, o que tem gerado protestos em todo o mundo, inclusive no Ocidente, a favor da população palestina. As operações israelenses são frequentes na Faixa de Gaza desde 2008, mas nunca chegaram ao patamar das últimas semanas.
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