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Política dos EUA provocou escalada do conflito entre Israel e Hamas, afirma MRE russo

© AP Photo / Abed KhaledCorpos de palestinos mortos por bombardeio israelense no Hospital Batista al-Ahli. Gaza, 17 de outubro de 2023
Corpos de palestinos mortos por bombardeio israelense no Hospital Batista  al-Ahli. Gaza, 17 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.10.2023
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Washington não se importa com o sofrimento dos civis na Palestina e em Israel e se opôs a todas as iniciativas humanitárias, declarou o Ministério das Relações Exteriores (MRE) da Rússia nesta quinta-feira (19).
A política fracassada dos Estados Unidos provocou a escalada do conflito entre Israel e Palestina, de acordo com um comunicado do MRE, e Washington "enterrou" metodicamente o processo de paz ao vetar a resolução russa de cessar-fogo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda segundo a declaração, se a ONU tivesse aprovado a proposta, o ataque ao Hospital Batista al-Ahli poderia ter sido evitado.

"Foi a política fracassada dos EUA na direção palestino-israelense que provocou a atual escalada catastrófica. Bloqueando arrogantemente todos os esforços no âmbito do acordo no Oriente Médio, os EUA não têm feito nada nos últimos anos, a não ser 'varrer para debaixo do tapete' o processo de paz e as aspirações legítimas dos palestinos ao seu próprio Estado, prometido a eles em 1947", disse o comunicado.

Os Estados Unidos vetaram dois projetos de resolução, o russo e o brasileiro, no Conselho de Segurança da ONU, que pediam cessar-fogo e corredor humanitário.
O número de vítimas na Faixa de Gaza atingiu 3.785 pessoas, incluindo 1.524 crianças e 1.000 mulheres, informou o Ministério da Saúde de Gaza. Em Israel, segundo as autoridades locais, mais de 1.300 pessoas foram mortas. O grupo Hamas afirmou que tem sob seu controle cerca de 200 prisioneiros na Faixa de Gaza.

"No contexto de um confronto crescente, que corre o risco de ultrapassar as fronteiras da região do Médio Oriente e adquirir uma dimensão incalculável, as consequências de tal passo são monstruosas", completa o comunicado.

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Conflito já dura 12 dias

Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque sem precedentes de foguetes a partir da Faixa de Gaza como parte da operação Dilúvio de Al-Aqsa, lançada pelo braço militar do movimento palestino Hamas.
Após ataques massivos com foguetes, os combatentes da organização penetraram nas áreas fronteiriças no sul de Israel. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação Espadas de Ferro contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Poucos dias após o ataque, os militares israelitas assumiram o controle dos assentamentos na fronteira de Gaza e realizaram ataques aéreos contra alvos, incluindo civis, na Faixa. Israel também anunciou o bloqueio total à Faixa de Gaza e suspendeu o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
O conflito entre Israel e Palestina tem sido fonte de tensão, combates e tragédias na região há muitas décadas. Uma decisão da ONU, com o papel ativo da antiga União Soviética, em 1947, determinou a criação de dois estados (Israel e Palestina), mas apenas o israelense foi criado. Israel, embora tenha declarado acordo com o princípio de dois Estados, não libertou completamente os territórios palestinos.
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O MRE da Rússia apelou às partes para que cessassem as hostilidades. De acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, a solução da crise só é possível com base na fórmula de “dois estados” — aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU —, que prevê a criação de um estado palestino independente.
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