EUA enviam à Ucrânia versão antiga original do míssil ATACMS de longo alcance, diz jornalista
© AFP 2023 / Kim Jae-Hwan
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Os Estados Unidos forneceram à Ucrânia mísseis tático-operacionais ATACMS de longo alcance sem GPS porque os sistemas de guerra eletrônica russos estão lidando com sucesso com armas baseadas nesse sistema, escreveu o jornalista alemão Julian Ropcke na rede social X (antigo Twitter).
"Interessante: os EUA forneceram à Ucrânia a versão antiga original [do míssil] com orientação inercial clássica", afirmou o jornalista.
"O motivo, é claro, é o mesmo: o bloqueio bem-sucedido da maioria das armas guiadas por GPS pelo equipamento de guerra eletrônica da Rússia", resumiu ele.
As entregas de mísseis com alcance reduzido de 165 quilômetros não foram anunciadas provisoriamente.
No início de outubro, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que os Estados Unidos ainda não têm nada a anunciar sobre a possibilidade de transferir mísseis ATACMS para Kiev. Ao mesmo tempo, a revista norte-americana The New Yorker afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a transferência de mísseis tático-operacionais ATACMS para a Ucrânia em setembro.
Os americanos ainda não anunciaram oficialmente a entrega dos sistemas com alcance de cerca de 300 quilômetros, enquanto o próprio Biden disse, quando perguntado sobre isso, que a Casa Branca "trabalhou" em todas as solicitações de Vladimir Zelensky.
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
