EUA nomeiam enviado especial para crise humanitária no Oriente Médio, diz secretário de Estado

O presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou um enviado especial para liderar a resposta dos Estados Unidos ao impacto humanitário do conflito Israel-Hamas, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, neste domingo (15).

"O presidente [Joe] Biden nomeou o ex-embaixador David Satterfield como Enviado Especial para Questões Humanitárias no Médio Oriente. O enviado especial Satterfield liderará a diplomacia dos EUA para resolver urgentemente a crise humanitária em Gaza, incluindo trabalho para facilitar a prestação de assistência vital às pessoas mais vulneráveis e promover a segurança dos civis, em coordenação com as Nações Unidas e os parceiros dos EUA", dizia o comunicado.

O enviado vai liderar uma "campanha de todo o governo para mitigar as consequências humanitárias do ataque terrorista do Hamas contra Israel", apoiando os esforços de agências dos EUA como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) e o Gabinete de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado, acrescentou.

Esforço para conter a crise

Para evitar que a crise se intensifique ainda mais, caso um outro ator passe a integrar o conflito, a administração Biden se comunicou em privado com o Irã para alertá-lo contra a escalada em meio às hostilidades em curso em torno da Faixa de Gaza, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, neste domingo.

"Temos meios de nos comunicar em privado com o Irã. E nos utilizamos desses meios ao longo dos últimos dias para deixar claro, em privado, o que dissemos publicamente", disse Sullivan quando questionado se Washington estava tentando alertar os atores externos contra o envolvimento no conflito entre Israel e Palestina.

Ao mesmo tempo, os EUA não podiam excluir a possibilidade do Irã se envolver no conflito Israel-Hamas "de alguma forma", disse Sullivan.

Na semana passada, um alto funcionário da administração dos EUA disse durante uma teleconferência que era muito cedo para determinar que papel o Irã poderia ter tido na escalada em Gaza, mas que os Estados Unidos iriam analisar a questão com muita atenção.

No dia 7 de outubro, os radicais de Gaza lançaram centenas de foguetes contra o território israelense, foram relatadas incursões de militantes em áreas fronteiriças de Israel. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.

Em resposta ao ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram o lançamento da operação antiterrorista Espadas de Ferro na Faixa de Gaza.