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Estudo aponta possibilidade de a luz solar ser usada para transformar pó lunar em infraestrutura

© Foto / Pixabay / DURCHSATZLua (imagem referencial)
Lua (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2023
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Estradas e pistas de aterrissagem na Lua: cientistas destacam a possibilidade de usar luz solar para derreter pó lunar e criar essas construções para futuras missões.
Enquanto nenhum humano pisou na Lua desde a missão da NASA Apollo 17, em 1972, vários países têm enviado seus veículos não tripulados e rovers para explorar a superfície do astro iluminado.
Um novo estudo publicado na revista Scientific Reports aponta que uma lente de 2,37 metros quadrados poderia ser usada para focar a luz solar e derreter a poeira lunar em uma substância dura que poderia ser usada nas missões lunares.
A poeira lunar há muito é considerada a desgraça das missões à Lua, uma vez que a falta de atmosfera no astro, a baixa gravidade e as propriedades finas do pó significam que ele se espalha por toda a parte, degradando trajes espaciais, obstruindo máquinas e danificando equipamentos científicos. Ao derretê-lo, as missões teriam uma superfície dura para pousar e operar.
Os problemas com a poeira lunar não são teóricos. Durante a missão Apollo 17, o astronauta norte-americano Gene Cernan tirou uma foto após três caminhadas na superfície, e o pó, que já havia começado a impregnar em suas luvas e traje, cobriu Cernan, fazendo-o parecer um minerador espacial futurístico.
Para realizar o experimento, os pesquisadores usaram um material chamado EAC-1A, o qual a Agência Espacial Europeia desenvolveu especificamente para imitar o solo lunar. Os cientistas usaram um laser de 50 mm de diâmetro para aquecer o pó lunar a 1.600 graus Celsius, derretendo-o em formas triangulares de 25 mm durante mais de uma hora. As formas, mostraram eles, poderiam ser usadas para criar superfícies sólidas que teriam a capacidade de servir de estradas e pistas de aterrissagem.
Estima-se que, no ritmo em que a lente poderia funcionar, levaria 100 dias para criar uma plataforma de pouso de 10x10 metros.
"Parece uma eternidade, mas pense nas construções na Terra", disse o professor Jens Gunster, coautor do estudo. "Às vezes leva uma eternidade para construir um novo entroncamento."
Enquanto as estradas e as pistas de pouso ajudariam a proteger missões futuras, a lente em si não teria esse benefício. "Quando você acumula poeira na lente, mais cedo ou mais tarde ela não funcionará mais", disse Gunster. Ele observou que um mecanismo vibratório poderia ajudar a mitigar esse problema.
Ainda que a poeira lunar e a poeira marciana tenham propriedades diferentes, a Lua não é o único lugar onde a NASA tem de combater a poeira. Em 2019, o Opportunity Mars Rover foi declarado morto depois que uma tempestade de poeira que durou um mês cobriu seus painéis solares.
Friso de Partenon - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2023
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