UE aumenta a ajuda à Ucrânia, mas não pode substituir EUA, diz Borrell

A União Europeia planeja aumentar a assistência militar e financeira à Ucrânia, mas não pode substituir os EUA nessa questão, afirmou o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, durante seu discurso na cúpula da Comunidade Política Europeia em Granada, nesta quinta-feira (5).

"A UE certamente não pode substituir os EUA. A Europa está intensificando a ajuda: há uma proposta para alocar € 50 bilhões [R$ 270,88 bilhões] em ajuda econômica e € 20 bilhões [R$ 108,35 bilhões] em ajuda militar", disse Borrell aos jornalistas.

Entretanto, segundo ele, os ucranianos precisam da ajuda dos EUA e a União Europeia espera a sua retomada.

Vale a pena notar que a ajuda de Washington a Kiev já atingiu um total impressionante de US$ 78,8 bilhões (R$ 406,19 bilhões), desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia. Declarações do controlador do Pentágono, Michael McCord, apontam que ainda restam cerca de US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) nos cofres americanos reservados para Kiev.

O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da OTAN "estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que o bombeamento da Ucrânia com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.