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Maioria dos mamíferos pode ser extinta em 250 milhões de anos pelo superaquecimento, prevê estudo

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Um elefante africano - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2023
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Usando uma modelagem avançada do futuro do planeta, os especialistas sugeriram que, dentro de 250 milhões de anos, toda a terra se transformará em um supercontinente, conhecido como Pangeia Próxima, que aumentará o aquecimento e levará mamíferos à extinção, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature Geoscience.
Resultados publicados recentemente revelaram que os cientistas preveem que os mamíferos têm apenas 250 milhões de anos para viver na Terra antes da próxima extinção, de acordo com o estudo.
O cientista paleoclimático da Universidade de Bristol, Alexander Farnsworth, que liderou a equipe, chegou a essa conclusão depois de criar uma simulação virtual do nosso mundo futuro, semelhante aos modelos que projetaram o aquecimento global. Utilizando dados sobre o movimento dos continentes em todo o planeta, o novo estudo projetou um futuro bem mais distante.
Os pesquisadores descobriram que o clima se tornará mortal graças a três fatores: um Sol mais brilhante, uma mudança na geografia dos continentes e aumento do dióxido de carbono. Farnsworth chamou isso de um "golpe triplo" que se torna impossível de sobreviver para os mamíferos.
À medida que o Sol lança mais energia no planeta, a atmosfera da Terra aquece, fazendo com que mais água evapore dos oceanos e continentes. O vapor de água é um potente gás de efeito estufa e, portanto, reterá ainda mais calor. Pode ficar quente o suficiente em dois bilhões de anos para evaporar todos os oceanos.
O aumento da produção de energia do Sol, que ocorre a cada 110 milhões de anos, combinado com a formação da Pangeia Próxima, criaria um mundo inóspito. A terra aquece mais rápido que o oceano, com os continentes comprimidos em uma massa terrestre gigante, haverá um vasto interior onde as temperaturas poderão subir. A topografia do supercontinente faria com que a remoção natural de dióxido de carbono da atmosfera ficasse mais lenta.
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Se a Pangeia Próxima se comportar como os supercontinentes anteriores, ficará repleta de vulcões que expelem dióxido de carbono. Graças aos movimentos turbulentos da rocha derretida nas profundezas da Terra, os vulcões poderão liberar grandes ondas de dióxido de carbono durante milhares de anos — explosões de gases de efeito estufa que farão com que as temperaturas subam vertiginosamente, segundo o estudo.
Atualmente, os humanos aquecem o planeta liberando mais de 40 bilhões de toneladas de carbono provenientes de combustíveis fósseis todos os anos.
As consequências dessas tendências podem levar à extinção de várias espécies de animais e tornar inabitáveis grandes áreas do planeta.
Embora Farnsworth supunha que algumas espécies de mamíferos possam sobreviver nas periferias da Pangeia Próxima, é muito provável que o domínio dos mamíferos na Terra, que persistiu nos últimos 65 milhões de anos, chegue ao fim. Eles poderiam ser substituídos por répteis de sangue frio que tolerassem melhor o calor.
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Embora o estudo tenha provocado debates, com alguns especialistas sugerindo que fatores como o declínio do calor que escapa do interior da Terra podem alterar a linha do tempo, ele oferece percepções valiosas para o futuro do nosso planeta.
Além disso, especialistas dizem que esse estudo pode servir de referência para cientistas que estudam outros planetas para determinar quais formas de vida poderiam sobreviver em sistemas solares distantes.
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