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Migração na UE: Scholz acusa Polônia de corrupção ao vender vistos 'só piorando problema', diz mídia

© AP Photo / Susan WalshChanceler alemão Olaf Scholz e outros líderes do G7 em um evento sobre infraestrutura e investimento global durante a Cúpula do G7 em Hiroshima, Japão, 20 de maio de 2023.
Chanceler alemão Olaf Scholz e outros líderes do G7 em um evento sobre infraestrutura e investimento global durante a Cúpula do G7 em Hiroshima, Japão, 20 de maio de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 24.09.2023
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O chanceler alemão quer uma investigação sobre alegações de que Varsóvia tolerou um esquema de comércio de vistos, o que tem trazido dor de cabeça para Berlim, ante a crise de refugiados na União Europeia.
De acordo com o Financial Times (FT), o chanceler alemão, Olaf Scholz, interveio no escândalo de corrupção envolvendo a compra de vistos na Polônia, e exigiu uma investigação sobre as alegações de que Varsóvia fez vista grossa aos responsáveis que operavam o esquema e ameaçou restaurar os controles fronteiriços para impedir o fluxo de migrantes vindos da Polônia.
O chanceler acusou Varsóvia de permitir aos refugiados viajarem para a Alemanha em vez de processar os seus pedidos de asilo na Polônia. A Plataforma Cívica de centro-direita da Polônia acusou o partido no poder de tolerar um esquema de corrupção de venda ilegal de vistos poloneses em todo o mundo. Apesar de ter reconhecido a existência do esquema, o governo argumentou que os números de vistos negociados eram muito inferiores aos alegados pela oposição.
Scholz tem enfrentado uma crescente pressão interna para lidar com o problema migratório no país. As autoridades alemãs registaram mais de 204 mil pedidos de asilo até ao final de agosto deste ano, um aumento de 77% em relação ao ano passado, de acordo com o FT. Soma-se a isso os mais de um milhão de refugiados ucranianos que encontraram refúgio na Alemanha desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia.
Ainda no sábado (23), Scholz reconheceu que o número de migrantes "aumentou dramaticamente", culpando indiretamente a Polônia pelo aumento, ao passo que se recusa a assumir uma postura para restringir a circulação de pessoas como durante a pandemia de COVID-19.
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"Não quero que [as pessoas] sejam simplesmente dispensadas da Polônia e depois tenhamos uma discussão sobre a nossa política de asilo", disse ele. Os refugiados que chegam à Polônia "devem ser registrados lá e lá submetidos a um procedimento de asilo". Os vistos emitidos em troca de dinheiro "só pioram o problema", disse ele.
Scholz disse que a Alemanha continua defendendo o direito ao asilo, mas admitiu que as autoridades podem precisar recorrer a medidas adicionais", em particular na fronteira entre a Alemanha e a Polônia.
A porta-voz da Comissão Europeia para assuntos internos, Anitta Hipper, classificou as alegações de corrupção nos vistos como "muito preocupantes" e disse que sua comissária Ylva Johansson escreveu às autoridades polonesas no dia 19 de setembro para pedir esclarecimentos.
Segundo a agência de estatísticas Eurostat, a Polônia concedeu 967.345 das chamadas primeiras autorizações de residência em 2021, o que representou um terço do total emitido pela UE. Estes vistos permitem que o requerente resida no país que os emite, mas também permitem viagens gratuitas para a Alemanha e outras nações europeias que fazem parte do acordo de fronteiras abertas, o espaço de Schengen.
A Polônia ainda não enviou os seus dados oficiais de 2022 a Bruxelas, mas o ministro das Relações Exteriores, Zbigniew Rau, disse que os números mostram que a Polônia emitiu no ano passado um número proporcional de vistos Schengen, totalizando dois vistos por mil habitantes, em comparação com os 20 da França e os 10 da Alemanha.
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