Membros do Congresso dos EUA se opõem ao financiamento de 'conflito indefinido' na Ucrânia

Enquanto o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, chegou aos EUA para obter ainda mais apoio ao regime de Kiev, vários legisladores norte-americanos avançaram para se opor abertamente à forma como a Casa Branca continua a atirar dinheiro dos contribuintes à Ucrânia.

Em uma carta escrita ao diretor do gabinete de Gestão e Orçamento, um grupo de senadores republicanos dos EUA partilhou as suas preocupações sobre o aparente compromisso da administração Biden em apoiar Kiev aparentemente de forma indefinida.

Os signatários da carta — incluindo os senadores JD Vance, Rand Paul, Mike Braun e Tommy Tuberville, bem como os membros do Congresso Paul A. Gossar, Chip Roy e Dan Bishop — salientam que, embora os EUA tenham "apropriado US$ 114 bilhões [cerca de R$ 562,1 bilhões] em financiamento suplementar para a Ucrânia" desde fevereiro de 2022, este montante "não reflete o quadro completo, que inclui fundos transferidos e reprogramados".

"A grande maioria do Congresso permanece inconsciente de quanto os Estados Unidos gastaram até agora no total neste conflito, informação necessária para que o Congresso exerça prudentemente o seu poder de apropriação. É difícil imaginar uma explicação benigna para esta falta de clareza", afirma a carta.

Embora a Casa Branca pareça aparentemente preparada para apoiar o conflito na Ucrânia "de natureza indeterminada, baseado em uma estratégia que não é clara, para atingir um objetivo ainda a ser articulado ao público ou ao Congresso", os autores da carta insistem que o povo dos Estados Unidos "merecem saber para onde foi o seu dinheiro".

Até que o governo dos EUA dê respostas às questões colocadas na carta — como, por exemplo, qual é a estratégia dos EUA no conflito ucraniano, qual é o plano de saída de Joe Biden e o que a administração Biden define como vitória nesse conflito — o os signatários insistem em se opor ao pedido de fundos adicionais da Casa Branca.

"Ontem, em uma reunião confidencial sobre a Ucrânia, ficou claro que está sendo pedido à América que se financie um conflito indefinido com recursos ilimitados", escreveu JD Vance em uma publicação nas redes sociais apresentando a carta em questão. "Já é suficiente. A estas e futuras solicitações, meus colegas e eu dizemos: NÃO."

Desde a escalada do conflito ucraniano em Fevereiro de 2022, a administração Biden forneceu bilhões de dólares em financiamento e equipamento militar à Kiev, financiando efetivamente a máquina de guerra ucraniana no meio do verdadeiro colapso da economia do país.

Esta assistência generosa, no entanto, não parece ajudar Kiev a alcançar a vitória no campo de batalha, e ainda não está claro quanto destes generosos fornecimentos foram perdidos devido à corrupção desenfreada na Ucrânia.