Indústria mundial de diamantes critica planos do G7 para sanções contra Rússia: 'Falta de inclusão'

Os representantes da indústria de diamantes, incluindo o grupo De Beers, estão insatisfeitos com as sanções planejadas contra a indústria de diamantes da Rússia, relatou o jornal Financial Times, citando uma carta de empresas de diamantes.

Segundo ela, o governo belga informou os jornalistas sobre o trabalho do Grupo dos Sete (G7) sobre sanções contra a indústria de diamantes da Federação da Rússia, após rumores de que o Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia estava trabalhando em tais restrições.

Em meados de setembro, o governo belga anunciou que a UE e o G7 estavam a finalizar um sistema comum de certificação de diamantes e brilhantes para "seguir as gemas de produção russa" e barrá-las das importações a tempo. Assim que o mecanismo for aprovado, os Estados do G7 proibirão a importação de pedras preciosas da Rússia.

No entanto, os produtores e vendedores globais de diamantes ficaram insatisfeitos com o fato de Bélgica estar liderando o desenvolvimento desse sistema e o plano geral de sanções ocidentais contra os diamantes russos.

Essas medidas causaram descontentamento entre os 16 principais produtores e comerciantes internacionais de diamantes, que acusaram o lobby de diamantes de Antuérpia de falta de "transparência, responsabilidade e inclusão", informou o jornal.

A cidade belga de Antuérpia abriga um dos maiores centros comerciais de pedras preciosas do mundo – o Antwerp World Diamond Centre (AWDC). Cerca de 90 por cento dos diamantes do mundo passam agora por Antuérpia.

Em particular, esta posição é mantida pela maior produtora de diamantes do mundo, a empresa africana De Beers, que é um conglomerado de empresas envolvido na mineração e comércio de diamantes.

Por sua vez, as autoridades belgas negam que a AWDC tenha uma forte influência no desenvolvimento de sanções antirrussas.