Reino Unido afirma que China está recrutando altos quadros britânicos; Pequim retruca ser 'ficção'

O governo britânico publicou um relatório em que acusou Pequim de aliciar altos responsáveis civis e militares para espionagem.

As autoridades britânicas alertaram que a China está supostamente visando britânicos em posições importantes para recrutá-los e depois exercer influência significativa em Londres, segundo um relatório de quinta-feira (14) do governo britânico.

"O governo reconhece que os esquemas de recrutamento chineses procuram se aproveitar de cidadãos britânicos e aliados em posições-chave com informações e conhecimentos sensíveis, inclusive do governo, das Forças Armadas, da indústria e da sociedade em geral", diz o relatório, citado na quinta-feira (14) pela agência norte-americana Bloomberg.

O relatório do governo diz que Pequim estava assim "cruzando a linha" de exercer influência e, em vez disso, estava começando a tentar interferir nos assuntos do Reino Unido.

Ao mesmo tempo, segundo o relatório, Pequim busca ativamente uma campanha de espionagem global no espaço cibernético para atender aos seus interesses, o que faz as autoridades britânicas reconhecer a "necessidade urgente" de se protegerem dela, e investir somas significativas na defesa cibernética do Reino Unido.

As declarações acontecem em meio a relatos de que a polícia britânica deteve um funcionário do Parlamento britânico sob suspeita de espionagem para a China. A área de especialização do homem incluía questões de política externa, inclusive relações com Pequim.

O Ministério das Relações Exteriores da China chamou as alegações de ficção de que a China estaria espionando o Reino Unido, e pediu a Londres que parasse de divulgar informações falsas.