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Expansão do BRICS não deve ser julgada na lógica da Guerra Fria do século passado, diz Mauro Vieira

© Sputnik / Grigory SysoevBandeiras dos países-membros do BRICS durante a 15ª cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul
Bandeiras dos países-membros do BRICS durante a 15ª cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2023
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A cúpula do BRICS, que concordou em convidar mais seis países para participar da organização, não deve ser considerada na lógica "da Guerra Fria do século passado", afirmou o chanceler brasileiro Mauro Vieira, em seu artigo para o jornal Folha de São Paulo.

"Para começar, sugiro cuidado com análises que têm como pontos de partida lógicas importadas que fazem lembrar as da Guerra Fria do século passado. O Brasil e sua diplomacia sempre souberam navegar em momentos de fratura, como nas duas guerras mundiais e também na Guerra Fria", escreveu Vieira.

Ele observou que o Brasil não tomaria partido se tais situações se repetissem no futuro.
Além disso, o chanceler brasileiro acrescentou que não apoia a visão de que o Brasil não seria capaz de manter a influência no BRICS após o alargamento.

"O bloco é hoje, 15 anos após sua criação, muito mais relevante, e esse capital político ampliado continuará a crescer e a render dividendos políticos para todos os integrantes."

Assim, ele acredita que seria errado para o Brasil, que é a favor da reforma das governanças global e do aumento da participação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança da ONU (CSNU), bloquear a expansão do BRICS.

"Por esses motivos, o governo brasileiro recebe com satisfação os resultados da cúpula, que atenderam plenamente os objetivos do Brasil. Eventuais problemas futuros, tanto os apontados agora como os que venham a surgir, serão tratados com o mesmo pragmatismo e independência que caracterizam a política externa brasileira", enfatizou o diplomata brasileiro.

Em agosto, durante a 15ª Cúpula do BRICS o bloco foi ampliado e ganhou mais seis membros: Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Entretanto, a adesão plena que, no futuro, possivelmente envolverá os novos membros em iniciativas como essa do treinamento começará a partir do dia 1º de janeiro de 2024.
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