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Analista: prisão de Lula foi conveniente para EUA e responsáveis devem pagar por este crime

© AP Photo / Eraldo PeresO presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, passa por uma guarda de honra ao chegar ao Comando da Marinha do Brasil, em Brasília, Brasil, 15 de março de 2023
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, passa por uma guarda de honra ao chegar ao Comando da Marinha do Brasil, em Brasília, Brasil, 15 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 08.09.2023
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Após o encerramento do caso que colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atrás das grades por 580 dias entre 2017 e 2018, a democracia brasileira saiu fortalecida, segundo analista político.
A prisão contra o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, considerada "erro histórico", terá um novo capítulo, onde o país abre uma nova instância de investigação contra os responsáveis pela prisão do atual presidente brasileiro.

"É uma reparação histórica, pois os impactos desta ação mudaram a vida democrática nacional, ao permitir que Jair Bolsonaro ganhasse as eleições", afirmou à Sputnik o analista político e doutor em Filosofia, economista e docente brasileiro Fábio Borges.

O analista também destaca que o ato contra Lula foi irregular e que os responsáveis devem pagar por seus delitos.
"Foi um ato [contra Lula] muito irregular. Aqueles que realizaram estes atos devem pagar por seus delitos. Vai ser um caminho longo de investigações", afirmou o analista.
Os possíveis inquéritos se enquadram na decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou, no domingo (6), todas as provas obtidas do acordo de colaboração com a empresa Odebrecht.
A Justiça considerou que estas provas foram obtidas de forma ilegal pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos fiscais da operação Lava Jato, que condenou Lula em 2017 por corrupção e lavagem de dinheiro.
"A situação de Moro é terrível. Hoje senador, deverá abandonar seu mandato a longo prazo, pois em sua gestão, houve irregularidades e terá que responder criminalmente. Ficou claríssimo que junto com os procuradores, manipulou e criou provas para chegar ao veredito em 2017, tirar o Lula, que venceria as eleições [de 2018]", observou Borges.
O especialista também ressaltou que a decisão de Moro teria sido muito conveniente para os Estados Unidos, devido aos benefícios que obtiveram com a destruição da Odebrecht.
"Certamente foi muito conveniente para os EUA o inquérito da Lava Jato. Os maiores beneficiados da destruição da Odebrecht e da desestabilização de Lula foram as empresas estrangeiras que ocuparam esse espaço", refletiu Borges.
O analista também afirmou acreditar que os Estados Unidos não aceitavam que o Brasil pudesse ganhar protagonismo na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), e que impulsionasse uma proposta de integração pela autonomia na América Latina.
"Acredito que para os EUA era importante criar a desestabilização e obter um novo Executivo totalmente alienado com a administração do então presidente Donald Trump", destacou.
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