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Lula aprova reformulação do sistema de inteligência do Brasil e diminui influência militar no órgão

© AP Photo / Eraldo PeresO presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, passa por uma guarda de honra ao chegar ao Comando da Marinha do Brasil, em Brasília, Brasil, 15 de março de 2023
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, passa por uma guarda de honra ao chegar ao Comando da Marinha do Brasil, em Brasília, Brasil, 15 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 06.09.2023
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Com as novas diretrizes, inteligência brasileira vai proibir uso do WhatsApp e criar o seu próprio sistema que terá comunicação com criptografia de Estado, como a das urnas eletrônicas.
Nesta quarta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará um decreto pelo qual será aprovada a reformulação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
O atual sistema data do ano de 1999, e a ideia do governo Lula é - além de fazer com que seu operacional seja mais seguro e fiável - modernizar o órgão que hoje, segundo o G1, apresenta pouca credibilidade.
Há uma grande vulnerabilidade no sistema, relata a mídia, e as áreas de inteligência das 49 instituições que integram o sistema têm receio de compartilhar informações por conta disso.
Tal fato ficou muito evidente nas invasões do dia 8 de janeiro aos prédios dos Três poderes. Os informes de inteligência, por exemplo, foram difundidos pelo WhatsApp, canal informal usado para falarmos entre familiares e amigos.
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Diante deste contexto, o novo Sisbin vai criar um sistema de comunicação seguro, com criptografia de Estado, como o das urnas eletrônicas.
Desta maneira, a troca de informações entre os 49 integrantes do sistema vai acontecer em um ambiente seguro, em uma plataforma digital e um aplicativo de comunicação, que garantirão a rastreabilidade dos documentos compartilhados. Outra novidade é que haverá níveis de acesso para evitar a atual "bagunça" que está o sistema, escreve a mídia.
"[…] A Marinha e o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], por exemplo, fazem parte do Sistema Brasileiro de Inteligência. Ambas são importantes para o sistema, mas é preciso uma categorização. A Marinha cuida da segurança nacional. Assim, um documento sobre um submarino, que é supersensível, é tratado da mesma forma que uma informação vinda do Incra, que sequer tem um setor de inteligência consolidado como a Marinha", explica uma especialista em inteligência ouvido pelo portal.
Portanto, haverá três níveis de integrantes do sistema: os órgãos permanentes serão os que tratam da defesa externa, da segurança interna e das Relações Exteriores, os grandes eixos da inteligência de Estado.
A Casa Civil estará presente no grupo por sua competência relativa à governabilidade.
As outras instituições que não tratam de assuntos destes eixos da inteligência participarão como órgãos dedicados e associados. A novidade é que os setores de inteligência dos governos estaduais também devem passar a integrar o sistema, diz a mídia.
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