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'Faria diferente', diz ex-ministro-chefe do GSI sobre atuação nos atos de 8 de janeiro

© Foto / Bruno Spada / Câmara dos DeputadosTomada de depoimento do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias
Tomada de depoimento do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2023
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Em depoimento à CPI dos atos de 8 de janeiro, Gonçalves Dias disse que foi levado a "má avaliação" por informações "imprecisas e desconexas" sobre a gravidade da situação.
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Marco Edson Gonçalves Dias iniciou seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (31).
Em sua fala de abertura, transmitida pela Agência Câmara, Gonçalves Dias afirmou que não tinha conhecimento da gravidade das manifestações que tomaram a Praça dos Três Poderes.
Ele disse ter recebido informações "imprecisas e desconexas" da equipe responsável pelos preparativos de segurança, o que o conduziu a uma "má avaliação".

"Fui conduzido a uma má avaliação dos fatos por ter recebido informações de pessoas que trabalhavam comigo", disse o ex-ministro.

Gonçalves Dias afirmou que faria diferente caso tivesse conhecimento da gravidade dos fatos. "Seria mais duro do que fui na repressão, faria diferente, embora sabendo que envidei todos os esforços para preservar a vida de cidadãs e cidadãos brasileiros sem derramamento de sangue."
Ele destacou que decidiu ir pessoalmente ao local no dia e criticou o fato de manifestantes terem conseguido passar com facilidade pelos bloqueios de segurança montados por policiais militares do Distrito Federal.
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"Assisti ao último bloqueio da Polícia Militar ser facilmente rompido antes que os vândalos chegassem ao Planalto. Aquilo não podia ter acontecido. Só aconteceu porque o bloqueio da Polícia Militar foi extremamente permeável."

Gonçalves Dias citou como exemplo o bloqueio na região do Buraco do Tatu, local onde fica a rodoviária e que marca o início da Esplanada dos Ministérios. Segundo ele, além do bloqueio, estava prevista uma revista nos manifestantes, o que não ocorreu.
"O bloqueio do Buraco do Tatu foi feito. Entretanto a revista prevista para ocorrer lá não foi feita. Os manifestantes romperam com facilidade o cordão de isolamento da PM e impediram a revista. Deveria existir depois daquele ponto um bloqueio total que impedisse o acesso à Alameda das Bandeiras e à Praça dos Três Poderes. Esse bloqueio aparentemente não existiu ou foi tênue, inexpressivo."
Gonçalves Dias também rechaçou as acusações de conivência com manifestantes. No dia da invasão, imagens gravadas por câmeras de segurança mostraram o ex-ministro dentro do Palácio do Planalto, conversando com alguns manifestantes.
Ele afirmou que o contexto das imagens foi distorcido pela mídia. Ele disse que, naquele momento, tentava evacuar o prédio o mais rápido possível, sem deixar mortos e feridos. Ele afirmou ainda que falou com três pessoas para indicar o acesso à escada que levaria ao segundo andar, onde as prisões dos manifestantes estavam sendo feitas.
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