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Lula defende taxação de super-ricos, anuncia novo ministério e pede ao Congresso para ser 'maduro'

© AFP 2023 / Evaristo SáO presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva gesticula durante a assinatura da nova lei que aumenta o reajuste anual do salário mínimo no Palácio do Planalto, em Brasília, em 28 de agosto de 2023
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva gesticula durante a assinatura da nova lei que aumenta o reajuste anual do salário mínimo no Palácio do Planalto, em Brasília, em 28 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.08.2023
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Governo pretende aplicar medida para cobrar, duas vezes ao ano, rendimentos de fundos de "super-ricos". Ao mesmo tempo, presidente anunciou criação de novo ministério para pequenos empreendedores e pediu ao Congresso "amadurecimento" para proteger "mais pobres em vez dos mais ricos".
Nesta terça-feira (29), durante sua participação no Conversa com o Presidente - programa realizado pela EBC e transmitido pelas redes sociais – o mandatário Luiz Inácio Lula da Silva defendeu políticas que mudam a tributação sobre fundos exclusivos e fundos offshore (no exterior) e disse que, no Brasil, "não faltam pessoas espertas".

"O que não falta no Brasil são pessoas espertas, que sempre estão encontrando um jeito de burlar a lei para não pagar imposto de renda. Na pior das hipóteses, consegue fazer com que passe um projeto no Congresso Nacional, que beneficie essa minoria", afirmou o presidente.

O governo apresentou ontem (28) uma medida provisória para cobrar, duas vezes ao ano, entre 15% e 20% dos rendimentos dos fundos de "super-ricos". Com essa cobrança, a ideia é arrecadar R$ 24 bilhões dessa forma até 2026.
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Lula também defendeu outra MP, sancionada na segunda (28), que amplia faixa de isenção do Imposto de Renda, para quem ganha até R$ 2.640 mensais.
"Proporcionalmente, o mais pobre paga mais imposto de renda que o dono do banco. Só desconta mesmo de quem vive de salário", disse.
Ao mesmo tempo, na visão do presidente, o Congresso de hoje "em sua maioria", os deputados e senadores "não são representantes do novo trabalho", e pediu que a Casa vote com consciência, protegendo os mais pobres em vez dos mais ricos.

"[…] Deputados e senadores eleitos, eles não são representantes, na sua maioria, do novo trabalho. São setores que vieram da classe média, de profissionais liberais, muitos são fazendeiros, mas não se declararam, se declara contador, advogado e médio. Então, a maioria dos deputados são pessoas pertencentes a uma classe média alta […] o que nós fizemos é uma coisa justa e sensata. Eu espero que o Congresso Nacional, de forma madura, ao invés de proteger os mais ricos, proteja os mais pobres", defendeu.

Lula ainda afirmou que é preciso "inverter a lógica" do pagamento de impostos no Brasil: "Temos que inverter essa lógica, é simples assim. Vai ter um outro que vai gritar, vai chiar, mas é assim que a gente vai consertar o Brasil."
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O presidente também anunciou nesta terça-feira (29) que vai criar o Ministério da Pequena e Média Empresa. Se confirmado, será a 38ª pasta do atual governo, segundo o G1.
"Nós vamos criar, eu estou propondo a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais. Para que tenha um ministério específico para cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidade", afirmou o mandatário citado pela mídia.
Ainda de acordo com o portal, Lula destacou a importância dos empregos com carteira assinada, mas disse que muitos brasileiros desejam ser empreendedores. Por isso, segundo ele, a necessidade de um ministério para tratar de políticas públicas para esse público.
"O cara que quer empreender é um trabalhador. Ele tem que ser levado em conta, ele quer cuidar da sua família, isso é muito bom para o país", acrescentou.
Desde o primeiro semestre, o governo Lula se articula para realizar uma reforma ministerial. O objetivo principal é o de atrair para o governo partidos como União Brasil, PP e Republicanos, do chamado "Centrão". E, em contrapartida, consolidar o apoio dessas bancadas aos temas de interesse do governo no Congresso.
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Até o momento, apenas uma troca foi concretizada: no Ministério do Turismo, saiu Daniela Carneiro (União-RJ, mas em migração partidária) e entrou Celso Sabino (União-PA).
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