Filipinas anunciam reabastecimento de tropas em recife no mar do Sul da China disputado com Pequim

Os dois países disputam um local perto do atol Second Thomas Shoal. Tropas filipinas estacionadas na área do recife foram impedidas pela China de ser reabastecidas, tendo as forças chinesas usado um canhão de água.

As Forças Armadas das Filipinas anunciaram no sábado (19) que tentariam novamente reabastecer as tropas estacionadas em um navio americano abandonado da Segunda Guerra Mundial, encalhado em um recife no mar do Sul da China, cita a agência britânica Reuters.

"Esse exercício de nossos direitos soberanos e jurisdição é uma prova de nossa firme crença na ordem internacional baseada em regras, que sustenta a paz e a estabilidade regionais", comunicou Medel Aguilar, porta-voz das Forças Armadas do país asiático.

Manila apresentou um protesto diplomático contra Pequim neste mês, argumentando que a Guarda Costeira da China usou canhões de água e movimentos "perigosos" para impedir que as Filipinas enviassem suprimentos para as tropas no local. O governo filipino pede a todas as partes relevantes que respeitem sua soberania e jurisdição sobre suas zonas marítimas, disse Aguilar, acrescentando que Manila apoia a resolução pacífica de disputas.

A nova missão de reabastecimento planejada no Second Thomas Shoal (conhecido nas Filipinas como Ayungin Shoal e chamado na China de Ren'ai Jiao) "é uma demonstração clara de nossa determinação de nos posicionarmos contra as ameaças e coerção", disseram as Forças Armadas das Filipinas.

A Guarda Costeira chinesa, por sua vez, disse em 7 de agosto que havia previamente avisado as Filipinas para não enviar navios ao banco de areia e não enviar "materiais de construção usados para reparos e reforços em larga escala" para o navio de guerra.

O navio dos EUA foi encalhado pelas Filipinas em 1999, o que permitiu a Manila assumir controle da região circundante.

Pequim afirma que tem soberania sobre quase todo o mar do Sul da China, mas Brunei, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã também reivindicam diferentes áreas marítimas na região.