Relatório da OPEP: produção de petróleo caiu 836 mil barris por dia no comparativo mensal em julho

A produção de petróleo da OPEP diminuiu 836.000 barris por dia em julho — o terceiro mês de cortes voluntários na produção — em comparação com o nível de junho, para 27,31 milhões de barris por dia (mb/d), de acordo com o novo relatório da organização publicado nesta quinta-feira (10).

"De acordo com fontes secundárias, a produção total de petróleo bruto da OPEP-13 teve uma média de 27,31 mb/d em julho de 2023, uma queda de 836.000 b/d mês a mês. A produção de petróleo bruto diminuiu principalmente na Arábia Saudita, Líbia e Nigéria, enquanto a produção em República Islâmica do Irã, Angola e Iraque aumentaram", diz o relatório.

De acordo com dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o cumprimento da aliança com o acordo de corte de produção de petróleo foi cumprido em 321%, com o corte em 2,8 mb/d da produção além das obrigações da organização.

Ao mesmo tempo, a OPEP atualizou ligeiramente sua previsão para a produção de petróleo e condensado dos Estados Unidos em 2023 e agora espera um aumento de 750.000 b/d para 12,66 mb/d.

"Dado um nível sólido de perfuração de campos de petróleo e conclusão de poços, espera-se que a produção de petróleo bruto e condensado aumente anualmente em 0,8 mb/d, para uma média de 12,7 mb/d", diz o relatório.

Enquanto isso, a previsão para a produção de petróleo e condensado da Rússia, em 2023, foi elevada em 100.000 b/d, para 10,38 mb/d, contradizendo as previsões do mês passado que diziam que a produção de petróleo e condensado deveria diminuir em 750.000 b/d. De acordo com o novo relatório, espera-se agora uma queda de 650.000 b/d.

A produção russa de líquidos no primeiro trimestre foi de 11,2 mb/d e no segundo trimestre de 10,85 mb/d. Já no terceiro e quarto trimestres deve diminuir para 9,93 e 9,57 mb/d, respectivamente, segundo o relatório, acrescentando que a média para o ano vai ser de 10,38 mb/d.

A OPEP mantém inalterada sua previsão para o crescimento da demanda global de petróleo em 2023, e espera que a demanda aumente em 2,4 mb/d, para 102 mb/d, de acordo com seu novo relatório.