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Relações da Rússia com o Ocidente não vão voltar ao que eram, diz chanceler russo

© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da RússiaSergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante encontro com Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, em Havana. Cuba, 20 de abril de 2023
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante encontro com Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, em Havana. Cuba, 20 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2023
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As ações de países hostis estão criando uma ameaça existencial para Moscou, diz Sergei Lavrov.
O relacionamento de Moscou com o Ocidente não vai voltar ao que era antes de 2014, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. O foco do país agora é trabalhar para construir um mundo multipolar junto com nações asiáticas, latino-americanas e africanas, acrescentou.
"Após o lançamento da operação militar especial [na Ucrânia], os EUA e outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] e da União Europeia [UE] intensificaram drasticamente a guerra híbrida contra a Rússia, que começou em 2014", disse Lavrov em entrevista à mídia russa na quarta-feira (12).
"Medidas agressivas de países hostis criam uma ameaça existencial para a Rússia", continuou ele, referindo-se às sanções econômicas sem precedentes impostas a Moscou pelo Ocidente e ao amplo apoio militar fornecido a Kiev pelos EUA e seus aliados.
O Estado russo "defenderá nosso direito ao desenvolvimento livre e soberano com todos os meios disponíveis", acrescentou o ministro das Relações Exteriores.
O principal diplomata da Rússia disse ser "óbvio que não haverá retorno às antigas relações com países hostis", considerando o que Washington e Bruxelas vêm fazendo desde fevereiro de 2022.
"Se eles de repente decidirem abandonar seu curso antirrusso, então vamos investigar o que eles estão falando e decidir sobre a linha de ação futura com base em nossos próprios interesses", explicou.
O presidente russo Vladimir Putin ao discursar durante uma sessão plenária do Fórum de Tecnologias do Futuro no World Trade Center em Moscou, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2023
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Lavrov observou que os países do chamado Leste e Sul Global, que representam 85% da população mundial, se recusaram a aderir às sanções ocidentais contra a Rússia e, em vez disso, mostraram vontade de intensificar a cooperação com Moscou em várias áreas.
Ele disse que as autoridades russas têm um entendimento claro de que "o fortalecimento do mundo multipolar é uma realidade, mas não o capricho de alguém". É por isso que o país está trabalhando em estreita colaboração com o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e outras organizações internacionais para unir as nações não ocidentais.
"O Conceito de Política Externa atualizado [que foi publicado em março] afirma que a missão civilizacional da Rússia como potência mundial é desempenhar um papel de equilíbrio nos assuntos internacionais", afirmou Lavrov.
Isso significa que – junto com seus "amigos" da Ásia, América Latina e África – Moscou vai "contribuir para a formação de uma ordem mundial mais justa baseada nos objetivos e princípios da Carta da ONU [...] e, sobretudo, com base no princípio da igualdade soberana dos Estados", afirmou.
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