'Sempre serei leal a Bolsonaro': governador de SP apoia reforma tributária, mas não abandona o barco
© Folhapress / Tomzé Fonseca/Futura Press
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi alvo de ataques por apoiar reforma tributária do governo Lula, mas mesmo após desentendimento com Bolsonaro e seus seguidores, governador se diz leal ao ex-presidente.
Neste domingo (9), o governador Tarcísio (Republicanos) minimizou o desentendimento com Bolsonaro (PL) e os bolsonaristas por ter manifestado posicionamento favorável à reforma tributária capitaneada pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ainda na quinta-feira (6), Tarcísio — que tem sido cotado para herdar o capital político do ex-presidente nas próximas eleições presidenciais de 2026 — teria afirmado, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), estar de acordo com 95% da reforma proposta pelo governo. Bolsonaro não pensou duas vezes em usar suas redes para criticar a reforma e mandar um recado para o governador.
Em entrevista à Folha de S. Paulo neste domingo, Tarcísio minimizou o tamanho da crise com Bolsonaro e assegurou continuar leal ao ex-presidente.
"Sempre tive uma lealdade muito grande [a Bolsonaro]. Os pontos sobre reforma eu tinha colocado antes para ele e tá tudo bem. Conversamos e sempre serei leal ao presidente, sempre serei grato ao presidente. Se eu estou aqui, eu devo a ele", disse.
O governador, que se referiu a Bolsonaro como um "grande amigo" declarou que não é possível concordar sempre em tudo e relembrou que mesmo quando ainda era ministro da Infraestrutura (2019-2022) nem sempre concordou com o ex-presidente, mas que sempre "procurava assessorá-lo da maneira mais respeitosa, da maneira mais leal possível".
Depois do desentendimento público da última quinta (6)em que Bolsonaro interrompeu a fala de Tarcísio para cobrar maior unidade do Partido Liberal (PL) para não aprovar as pautas do governo, o governador ainda teve de ouvir do deputado estadual por São Paulo, Ricardo Salles, ex-ministro do Ambiente (2019-2021) e de outros deputados bolsonaristas que o governador não "representa mais a direita brasileira" e o movimento de independência poderia lhe custar apoio no estado.
