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Operação militar especial russa
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Ucrânia tem apenas uma opção: ofensiva total antes da cúpula da OTAN em Vilnius, diz especialista

© Sputnik / Konstantin MihalchevskyUm militar russo de uma unidade antiaérea móvel carrega munição para uma metralhadora DShK na traseira de um caminhão UAZ enquanto está em serviço de combate para repelir ataques de veículos aéreos não tripulados ucranianos durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia
Um militar russo de uma unidade antiaérea móvel carrega munição para uma metralhadora DShK na traseira de um caminhão UAZ enquanto está em serviço de combate para repelir ataques de veículos aéreos não tripulados ucranianos durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 03.07.2023
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Kiev está preparando a segunda etapa da contraofensiva porque a primeira, apesar de usar grandes quantidades de equipamento militar ocidental e tropas ucranianas, não trouxe resultados, disse o funcionário veterano da inteligência estrangeira russa, Leonid Reshetnikov, à Sputnik.
Kiev está ansiosa para receber um convite para iniciar o processo de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) durante a próxima cúpula em Vilnius, de acordo com um assessor presidencial ucraniano.
Como Kiev espera uma resposta ao seu pedido de adesão, apresentado em setembro de 2022, o presidente Vladimir Zelensky afirmou que não vai comparecer à cúpula a menos que os líderes da OTAN mostrem "coragem" em sua decisão.
Leonid Reshetnikov, um tenente-general aposentado do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR, na sigla em russo), disse à Sputnik que a segunda etapa da contraofensiva da Ucrânia no campo de batalha é esperada para o momento em que a cúpula de Vilnius começar em apenas dez dias. Segundo ele, Kiev precisa de resultados para obter decisões a favor de mais armas e apoio financeiro, e até mesmo adesão à OTAN.
"Confrontado com opções limitadas, o regime de Kiev não tem outra escolha senão continuar. Esta próxima fase envolve uma revisão abrangente de táticas e estratégias, juntamente com a implantação de reservas anteriormente inexploradas", disse ele.
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Segundo Reshetnikov, as informações indicam a possibilidade de introduzir novos elementos, como grandes provocações, semelhantes a quando os ucranianos explodiram a barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka.

"Até agora, essa explosão não teve o resultado desejado. Talvez algo nesse sentido, incluindo possivelmente relacionado à usina nuclear de Zaporozhie. Eles estão aumentando a tensão a esse respeito. É possível que sirva para a ofensiva", frisou.

Espera-se que esta ofensiva seja lançada antes da próxima cúpula em Vilnius. A mobilização nacional em andamento sinaliza uma compreensão crescente de que as forças atuais de Kiev podem não ser suficientes para alcançar um avanço.
"Esses planos existem. Mas repito, a ofensiva deles é inevitável", observou Reshetnikov.
No entanto, o principal objetivo da Ucrânia continua sendo romper as linhas de defesa russas para chegar ao mar de Azov e à fronteira com a Crimeia, observou o especialista.

"Na primeira fase, as forças ucranianas não conseguiram romper a linha inicial das defesas russas. Em resposta, a segunda etapa se baseia na esperança de que uma defesa prolongada esgote os defensores psicologica e tecnologicamente", afirmou.

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Reshetnikov também observou que os militares ucranianos estão adotando uma estratégia de enviar soldados inexperientes em ataques frenéticos em uma tentativa desesperada de localizar possíveis elos fracos na defesa russa.
"No entanto, as linhas de defesa russas foram fortificadas enquanto, tanto quanto sabemos, uma parte significativa das reservas não foi colocada. Portanto, os planos ucranianos são muito questionáveis", observou.
O comandante das Forças Armadas da Ucrânia, general Valery Zaluzhny, disse recentemente à mídia ocidental que seria impossível conduzir uma ofensiva sem suprimentos adicionais de munição e aeronaves da OTAN. Reshetnikov acredita que essas declarações servem a um duplo propósito: obter maior apoio ocidental e justificar a falta de sucesso até agora.

"No entanto, é importante notar que a assistência ocidental, embora valiosa, não pode alterar sozinha a situação no terreno. Assistência substancial e sustentada seria necessária para ter um impacto significativo", disse ele.

Em uma tentativa de explicar as deficiências de Kiev, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Anna Malyar, propagou a ideia de que as forças russas estão conduzindo uma ofensiva em quatro direções – Avdeevka, Maryinka, Krasny Liman e Svatovo. No entanto, Reshetnikov acredita que esta afirmação é puramente uma tática de propaganda para racionalizar os contratempos ucranianos.

"Embora as forças russas tenham adotado uma estratégia de defesa ativa que inclui contra-ataques e avanços nas fortalezas inimigas [ucranianas], essas ações ficam aquém de uma ofensiva de pleno direito. No caso de outra contraofensiva fracassada, o Exército russo pode aproveitar a oportunidade para lançar uma contraofensiva própria, aproveitando-se de um Exército ucraniano desgastado", disse ele.

Enquanto Kiev se prepara para a segunda fase de sua contraofensiva, as perspectivas de sucesso permanecem incertas. A Ucrânia enfrenta desafios formidáveis, incluindo a necessidade de revisar táticas e estratégias, a dependência de reservas inexploradas e a possível introdução de novos elementos para fazer pender a balança.
A questão permanece se essas medidas vão ser suficientes para romper as defesas russas e atingir seus "objetivos pretendidos". Nas próximas semanas, o mundo verá se os esforços conjuntos da Ucrânia com a OTAN podem produzir os resultados desejados ou se mais contratempos estão por vir.
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