Balão chinês abatido no céu dos EUA usava equipamento norte-americano para coletar dados, diz mídia

Os serviços secretos dos Estados Unidos analisaram os destroços do balão chinês abatido há quase cinco meses. Uma fonte disse ao The Wall Street Journal que os investigadores encontraram no balão equipamentos de fabricação norte-americana.

"O balão espião chinês que sobrevoou os Estados Unidos no início deste ano estava carregado com equipamentos de fabricação americana que o ajudaram a coletar fotos, vídeos e outras informações", revela o jornal.

O balão estava "recheado" com equipamentos dos EUA, alguns dos quais estavam disponíveis na Internet, bem como sensores chineses especiais e outros equipamentos.

Esses resultados, segundo a inteligência estadunidense, sustentam a conclusão de que o aparelho foi projetado para espionagem e não para monitoramento do clima, como a China afirmou, de acordo com o The Wall Street Journal.

As fontes também dizem que o balão não parece ter estado enviando informações para a China durante o voo.

As relações entre Pequim e Washington têm permanecido tensas desde o incidente de fevereiro com o balão chinês.

O balão sobrevoou o território dos EUA e foi abatido sobre o Atlântico. Os Estados Unidos alegam que o balão estava coletando informações de inteligência, mas Pequim nega.

No início de junho, Biden chegou a chamar o presidente chinês Xi Jinping de "ditador" quando, comentando o incidente do balão chinês abatido, presumiu que seu colega chinês não estivesse adequadamente ciente do incidente e estivesse muito chateado com isso.

O Ministério das Relações Exteriores da China classificou as observações do lado norte-americano como extremamente irresponsáveis.

De acordo com Pequim, elas violam seriamente a etiqueta diplomática e são uma provocação política aberta.