Míssil britânico Storm Shadow cumpriu as expectativas no campo de batalha na Ucrânia?

Anteriormente, o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, declarou que os mísseis britânicos Storm Shadow, fornecidos a Kiev, dariam um "significativo impacto" no campo de batalha na Ucrânia.

Para o especialista militar do portal Military Russia, Dmitry Kornev, o secretário britânico exagerou um pouco sobre as capacidades do Storm Shadow.

"No âmbito de uma operação militar especial, os mísseis e as capacidades do Storm Shadow, que são usados pelas forças ucranianas, estão longe de fazer a diferença [...]. Sim, eles atacam alguns objetos. Às vezes, eles os atingem; e às vezes, esses mísseis são abatidos", afirmou à Sputnik Dmitry Kornev.

Anteriormente, a mídia sugeriu que os mísseis britânicos seriam usados nos caças Su-24 e Su-27 da Força Aérea ucraniana, inclusive, as versões de combate e reconhecimento dos Su-24 foram adaptadas para portarem o projétil britânico de longo alcance.

Contudo, mesmo com todo o esforço, o regime de Kiev sofreu perdas consideráveis em sua frota, chegando a perder pelo menos 17 de suas aeronaves Su-24.

O especialista também destacou que, inicialmente, os mísseis tinham um propósito defensivo, contudo, é certo que foram usados para atacar o território russo, como parte de uma encenação para engrandecer as capacidades dos mísseis britânicos, porém, sem resultados concretos.

"Aparentemente, diversos mísseis foram usados, e alguns deles provavelmente atingiram [ponte de Chongar] [...]. Isso é uma ilustração bem-sucedida das capacidades desses mísseis. Mas eles poderiam comprometer a logística em geral? Provavelmente, seja esse o caso que o ministro britânico da Defesa usa [...]. Mas, primeiro, essa é apenas uma das diversas artérias que conecta a Crimeia com a parte continental. Segundo, danos foram causados, mas não destruíram a ponte. Terceiro, além dessa artéria logística, ainda há muitas rotas ao longo da parte continental, onde, para ser honesto, o Storm Shadow não faz diferença", afirmou o especialista.

Ele destaca ainda, que diversos desses mísseis seguem sendo abatidos pelas forças russas no campo de batalha, demonstrando seu fracasso na contraofensiva ucraniana, e que está longe de ser peça-chave para mudar o conflito.

"Podemos dizer que se os mísseis demonstrarem a efetividade esperada ou a organização de seu uso não for suficientemente desenvolvida, ou em geral, tudo relacionado à contraofensiva das forças ucranianas está estagnado e não está dando resultados sérios", concluiu.