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Coreia do Norte: 'EUA têm motivo sinistro ao voltar à UNESCO'; mídia americana cita China como razão

© AFP 2023 / Ed JonesA bandeira da Coreia do Norte é exibida com outras nas Nações Unidas em Nova York em 21 de junho de 2023
A bandeira da Coreia do Norte é exibida com outras nas Nações Unidas em Nova York em 21 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.06.2023
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De acordo com Pyongyang, governo Biden vê na organização "uma janela para concretizar a estratégia de hegemonia" e não tem interesse de "cooperação". Já o Wall Street Journal afirma que a principal intenção do retorno é barrar o crescimento da China dentro da agência da ONU.
O governo norte-coreano criticou nesta terça-feira (27) o fato de os Estados Unidos quererem voltar à agência cultural da ONU, a UNESCO, classificando a investida americana como "sinistra".

"Clara é a motivação sinistra dos EUA de apressar a reentrada na organização [...] os EUA têm um histórico inglório de terem se retirado não apenas da UNESCO, mas também da OMS, do Conselho de Direitos Humanos e de outras organizações internacionais. É para aproveitar a organização internacional como um teatro de confronto entre campos e uma janela para concretizar a estratégia de hegemonia, não de cooperação e promoção internacional", afirmou um comunicado da Coreia do Norte citado pela Reuters.

A agência da ONU, com sede em Paris, anunciou este mês que Washington pretende voltar em julho, chamando isso de "ato de confiança na UNESCO e no multilateralismo". Segundo a mídia, espera-se que a medida seja aprovada pela maioria de seus 193 Estados-membros.

Os Estados Unidos ingressaram inicialmente na UNESCO em sua fundação em 1945, se retiraram em 1984 e retornaram em 2003. Após 15 anos, em 2018 sob o governo Trump, o país se retirou do organismo novamente.
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De acordo com o The Wall Street Journal a estratégia por trás do retorno é uma tentativa de conter a crescente influência da China e de outros adversários na organização cultural e patrimonial das Nações Unidas.

O jornal relata que Pequim se tornou um dos maiores doadores da UNESCO. O segundo funcionário da organização agora é chinês, posicionando a China com luz verde para ajudar a orientar as discussões na organização sobre questões que vão desde a liberdade de imprensa até a educação na Ucrânia e em outros países devastados pela guerra.

No dia 8 de junho, uma delegação de diplomatas dos EUA entregou uma carta à diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, solicitando readmissão no próximo mês à organização sediada em Paris.
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Em entrevista à mídia, Azoulay disse que Washington está ansioso para restabelecer sua influência em uma organização que, além de designar patrimônios em todo o mundo, está na vanguarda dos esforços globais para desenvolver diretrizes para inteligência artificial e outras tecnologias sensíveis.

"Os Estados Unidos estão voltando porque a UNESCO se fortaleceu e porque está lidando com questões que os preocupam", acrescentou.

Atualmente, os EUA devem US$ 619 milhões (R$ 2,9 bilhões) em contribuições para o organismo. A mídia afirma que a perda do financiamento norte-americano teve um impacto devastador na UNESCO, que na época contava com os Estados Unidos para 22% de seu orçamento de US$ 500 milhões (R$ 2,3 bilhões).
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