'Minam confiança com suas ações': EUA vão deixar de ser uma potência financeira, diz deputado russo

A dívida pública crescente e a constante aplicação de sanções a outros países comprometem a credibilidade dos EUA como parceiro econômico e podem em breve destruir sua imagem como potência financeira global, disse Anatoly Aksakov, chefe do Comitê do Mercados Financeiros da câmara baixa do parlamento russo.

De acordo com o legislador, a participação dos EUA no comércio global está descendo rapidamente, uma tendência que provavelmente continuará nos próximos anos.

"Vemos que a participação dos EUA no comércio mundial diminuiu para cerca de 70%, em parte devido às sanções contra a Rússia, que minaram a confiança na moeda dos EUA", disse Aksakov.

"Anteriormente, 70% do comércio internacional foi servido pelo dólar, agora é 60%. Vocês podem imaginar, 10% em apenas um curto período de tempo – isso é significativo. Naturalmente, esse processo continuará, porque os EUA minam a confiança dos parceiros com suas ações. Então, é claro que não em um ano ou dois, mas em dez anos, a América deixará de existir como uma grande potência financeira", observou ele.

Ele observou que, além das falhas em sua política externa, os EUA têm sido atormentados por problemas devido às suas políticas econômicas internas.

"Os EUA podem um dia decepcionar todo o mundo, porque efetivamente não podem pagar suas dívidas. O Produto Interno Bruto que eles produzem é menor do que as dívidas que acumulam [e] o que quer que o país ganhe não será suficiente para pagar suas dívidas", adverte o legislador russo.

Pela primeira vez na história, a dívida do governo dos EUA ultrapassou US$ 32 trilhões (R$ 154,1 trilhões), de acordo com as estatísticas publicadas pelo Tesouro dos EUA.