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Operação militar especial russa
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Ex-agente da CIA: políticos ocidentais são obrigados a falar positivamente sobre ofensiva ucraniana

© AP Photo / Efrem LukatskyMilitares carregam os caixões dos soldados, mortos em uma batalha perto de Artyomovsk da região de Donetsk, durante uma cerimônia de despedida na Praça da Independência em Kiev, Ucrânia, 10 de março de 2023.
Militares carregam os caixões dos soldados, mortos em uma batalha perto de Artyomovsk da região de Donetsk, durante uma cerimônia de despedida na Praça da Independência em Kiev, Ucrânia, 10 de março de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 11.06.2023
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Especialistas norte-americanos reconhecem o fracasso da contraofensiva ucraniana, que não fez nenhum progresso no campo de batalha, apesar de estar militarmente equipada e apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Com a ofensiva ucraniana já em andamento, Kiev até o momento não tem praticamente nenhum ganho para mostrar, enquanto imagens de tanques Leopard e veículos de combate de infantaria Bradley completamente destruídos (ambos usados pelas tropas ucranianas) já começaram a circular nas mídias sociais.
Por esse motivo, várias vozes de especialistas já se levantaram alertando sobre uma pesada derrota militar da Ucrânia e outro fracasso geopolítico da OTAN, que mais uma vez está recorrendo à intervenção em territórios remotos, fora de sua jurisdição, para atingir seus próprios objetivos, não importa quantas vidas sejam perdidas.
Embora os Estados Unidos e seus aliados tenham fornecido generosamente armas e veículos militares à Ucrânia durante o conflito atual, as forças ucranianas são "institucional e operacionalmente incapazes de absorver com sucesso a ampla e inconsistente gama de equipamentos e armamentos" no campo de batalha, disse à Sputnik a tenente-coronel aposentada dos EUA Karen Kwiatkowski.

"Isso é culpa dos EUA e da OTAN, que buscam aproveitar o patriotismo ucraniano para confrontar a Rússia, com o objetivo de tomar as terras, o povo e os recursos da Ucrânia quando não restar mais nada do país, em uma espécie de mini-Plano Marshall, desta vez completamente administrado e conduzido por capitalistas de amigos estadunidenses e internacionais como a BlackRock", acrescentou a ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA.

Plano Marshall – Programa de Recuperação Europeia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa após a Segunda Guerra Mundial.

BlackRock é uma empresa de investimentos multinacional estadunidense, sendo um das maiores em gestão de ativos no mundo.

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A especialista disse que são os Estados Unidos e o Reino Unido que precisam que a Ucrânia lance essa contraofensiva, pois são os principais financiadores da escalada de guerra de Kiev contra a Rússia, um país que o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, reconheceu esta semana ser seu principal adversário, juntamente com a China.
"Claramente, o que a Ucrânia precisa é encontrar uma maneira de sair do ciclo político dos EUA e da obsessão da OTAN com a expansão da organização e fazer a paz", refletiu Kwiatkowski.
A especialista também lamentou que, até o momento, os políticos dos EUA e do Reino Unido estejam reprimindo qualquer tentativa do lado ucraniano de enviar sinais de busca de uma solução pacífica para o conflito.
Enquanto isso, o diretor executivo da organização não-governamental Council for the National Interest (Conselho para o Interesse Nacional) e ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), Philip Giraldi, alertou que a mídia ocidental tem tentado fazer parecer que a contraofensiva ucraniana está sendo bem-sucedida e que as forças de Kiev estão invadindo as posições russas.
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Nesse sentido, e apesar do que está acontecendo no campo de batalha, Giraldi denunciou que os políticos dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha são obrigados a "falar positivamente sobre o que está acontecendo" na Ucrânia.
Segundo ele, os cidadãos de seus respectivos países estão começando a se voltar contra o conflito "à medida que ele continua sem fim à vista e consome centenas de bilhões de dólares em equipamentos".
O ex-funcionário da CIA sugeriu ainda que os cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha não aprovam que seus governos apoiem diretamente as autoridades ucranianas, que ele descreveu como "um regime que quase todo mundo admite ser irremediavelmente corrupto".
"Fala-se aqui em Washington que os generais ucranianos poderiam depor [Vladimir] Zelensky e iniciar negociações com Moscou", acrescentou Giraldi.
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