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Operação militar especial russa
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Mídia: ao prolongarem o conflito ucraniano, EUA fortalecem a China e enfraquecem o Ocidente

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensMilitar das Forças Armadas da Rússia na linha de frente na direção de Zaporozhie
Militar das Forças Armadas da Rússia na linha de frente na direção de Zaporozhie  - Sputnik Brasil, 1920, 07.06.2023
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Washington precisa dialogar com Moscou para conseguir uma trégua na Ucrânia. O congelamento do conflito permitirá que os Estados Unidos não desperdicem seus recursos em um problema de pouco interesse para eles e se concentrem na crescente influência da China, que não esconde sua aspiração de se tornar uma potência mundial, escreve The Hill.
A entrada das tropas russas na Ucrânia "abolou os fundamentos da ordem internacional". "Mas a captura de Taiwan pela China levará a uma profunda reestruturação global, incluindo o fim da dominação mundial dos Estados Unidos da América", escreve Brahma Chellaney, no The Hill.
De acordo com ele, a crise ucraniana distraindo os EUA dos problemas crescentes na região do Indo-Pacífico. Quanto mais tempo demorar, maior será o risco de Pequim "estrangular" Taipé com um bloqueio informal.
É óbvio que a maior ameaça à segurança americana não é representada por "uma Rússia em declínio, mas por uma China ascendente" que está buscando substituir os EUA como a potência preeminente do mundo. No entanto, o presidente americano Joe Biden enfatiza com razão a importância das negociações com a China, argumenta o autor do artigo.
Estranhamente, no entanto, a administração Biden evita o diálogo diplomático com a Rússia, prolongando assim o conflito na Ucrânia que não só não promove os interesses de longo prazo norte-americanos, mas também drena seus recursos e expõe as deficiências das forças militares ocidentais.

"Portanto, a última coisa que o líder da China, Xi Jinping, quer é o fim do confronto que impede que os EUA se concentrem na região do Indo-Pacífico", diz Chellaney.

Mas a estratégia de Biden é "continuar a sangrar a Rússia na Ucrânia", afirma o autor do artigo.
De fato, o comunicado conjunto de Biden com os outros líderes do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima, Japão, em 20 de maio, tratou-se do comprometimento a "aumentar os custos para a Rússia" com promessas de "apoio inabalável para a Ucrânia pelo tempo que fosse preciso".
Ainda mais sinistro é o fato de os líderes do G7 apresentarem as exigências maximalistas ao Kremlin para o fim do conflito, incluindo a "retirada completa e incondicional" de suas tropas. Mas é improvável que isso aconteça, já que o Exército russo fortalece suas posições defensivas nos territórios conquistados, aponta o colunista.

"A época da hegemonia ocidental já está diminuindo e o conflito prolongado na Ucrânia só vai acelerar a mudança de poder mundial do Ocidente para o Oriente", acrescenta Chellaney.

Em sua opinião, Joe Biden está errado em pensar que ele pode convencer a China ou dissuadi-la de se unir com a Rússia contra os EUA. Xi, por sua vez, está determinado a fazer da China uma potência mundial inigualável. De fato, a China e a Rússia, com aliados importantes como o Irã, estão no processo de formar um "Eixo Eurasiano" para desafiar a ordem global liderada pelos americanos, incluindo o status do dólar como a principal moeda de reserva do mundo.
Assim, segundo o autor do artigo, um conflito prolongado na Ucrânia ajudará a formalizar um eixo estratégico sino-russo, aumentando a probabilidade de agressão chinesa contra Taiwan.

"Por outro lado, um conflito congelado na Ucrânia decorrente de um cessar-fogo manterá Moscou preocupada, deixando os EUA se concentrarem menos na Rússia, o país mais sancionado do mundo, e mais em uma China globalmente expansionista", concluiu Chellaney.

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