Mídia: Exército ucraniano está em impasse no início da contraofensiva, apesar da ajuda ocidental

As pesadas perdas complicam significativamente a capacidade das Forças Armadas ucranianas de realizar uma contraofensiva bem-sucedida, apesar do apoio militar do Ocidente, escrevem os colunistas Yang Sheng e Zhang Changyue em um artigo para o Global Times.

"É improvável que as tropas ucranianas consigam mudar significativamente a situação atual, pois sofreram grandes perdas na batalha anterior em Bakhmut [a denominação ucraniana da cidade de Artyomovsk], e os suprimentos ocidentais não podem ajudá-las efetivamente a obter uma grande vitória contra a Rússia", diz o artigo.

Segundo os especialistas, o Exército ucraniano agora só vai conseguir prolongar o conflito e manter o atual impasse na linha de frente.

Durante a libertação de Artyomovsk pelas forças russas, a Ucrânia sofreu pesadas perdas na luta feroz.

Isso dificulta a realização de uma grande ofensiva eficaz para fazer as forças russas recuarem no curto prazo.

"As informações divulgadas pelo lado russo, tais como detalhes de combate e as últimas atividades dos comandantes militares seniores, mostraram que Moscou está cada vez mais confiante em termos de inteligência, enquanto a Ucrânia mantém um perfil discreto sobre o desenvolvimento de sua operação", destacam os autores.

De acordo com Zhang Hong, pesquisador associado do Instituto de Estudos Russos, do Leste Europeu e da Ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais, apesar das sabotagens regulares e dos ataques terroristas, ficou claro que a Ucrânia chegou a um impasse no teatro de guerra.

"Esse tipo de impasse é um problema, especialmente para Kiev, pois os suprimentos de armas ocidentais também não podem mudar efetivamente a situação das batalhas de gangorra", observou Zhang.

O quanto a Ucrânia persistirá no conflito dependerá da confiança e da determinação dos países ocidentais.

Dito isso, se Vladimir Zelensky não conseguir demonstrar qualquer sucesso nos próximos meses, é muito provável que a OTAN reconsidere sua posição em relação aos suprimentos, resumiu o artigo.