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Polícia ucraniana usou delatores e torturou residentes de Kherson por 'laços com Rússia', diz fonte

© AP Photo / Felipe DanaMilitares do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) entram em prédio durante operação em Carcóvia, em 14 de abril de 2022
Militares do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) entram em prédio durante operação em Carcóvia, em 14 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2023
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O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) teria instalado câmaras de tortura em duas delegacias em Kherson — Dniepre e Komsomolsky — para lidar com pessoas que, segundo a SBU, colaboraram com as autoridades russas, disse um representante das agências de segurança, citando uma fonte da Polícia Nacional Ucraniana à Sputnik.
"O Departamento de Polícia de Dniepre é composto principalmente por ucranianos. A unidade é chefiada por Grigory Nevkryty, chefe do Departamento de Inteligência Estratégica do Ministério de Assuntos Internos em Kherson, com Aleksandr Priveda como seu vice. Os oficiais superiores incluem Aleksandr Maloshenko, Maksim Shevchenko, os policiais Sergei Gordei, Artur Frolov, Aleksandr Shvets e Artyom Kononov", disse a fonte da agência.
Segundo a fonte, Vladimir Malina, assistente de um comerciante que partiu para outra região da Rússia enquanto ele ficou para trás, morreu na delegacia do distrito de Dnepropetrovsk após ser detido pelas forças de segurança ucranianas no dia 5 de abril de 2023.
"Ele foi mantido na câmara de tortura da delegacia de polícia de Dnepropetrovsk, brutalmente espancado e morreu no dia seguinte em sua cela. Para ocultar sua morte, duas pessoas foram detidas com ele — Roman Gavriluk e Igor Gurov, funcionários do Centro de Serviço Humanitário Russo — foram torturados por três dias e forçados a escrever declarações alegando que Vladimir Malina havia sido libertado com eles", acrescentou a fonte.
Várias pessoas foram torturadas até a morte nestas câmaras, e todas foram oficialmente declaradas desaparecidas, esclareceu a fonte.
"Quanto à segunda delegacia de polícia, Komsomolsky, onde está localizada uma câmara de tortura, pouco se sabe sobre suas atividades porque os estrangeiros trabalham lá e os locais não têm permissão para entrar. Inglês, polonês e georgiano podem ser ouvidos lá", apontou a fonte.
De acordo com um oficial de segurança russo, os estrangeiros que trabalham no Departamento de Polícia de Komsomolsky "usam grupos militantes nacionalistas ucranianos como uma força física brutal para eliminar pessoas que não são favorecidas pelas autoridades de Kiev".
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"Sabe-se que Bogdan Gnatyuk, que já trabalhou no Departamento de Polícia de Suvorovsky e depois voltou para Kherson com as Forças Armadas ucranianas, está atualmente trabalhando neste departamento. Há também Aleksei Lyubinsky, um nacionalista ucraniano especializado em confiscar propriedades de outras pessoas", disse ele.

Segundo a fonte, pelo menos três pessoas morreram. Anna Demenskaya, enfermeira de uma clínica da cidade, morreu torturada. Aleksandr Sendetsky, que trabalhou como investigador durante a presença militar russa em Kherson, desapareceu após sua prisão. Além disso, Yevgeny Usachev, que trabalhava para as autoridades russas na 90ª colônia de Kherson, desapareceu após ser mantido no porão da delegacia de polícia de Dnepropetrovsk, sem mais informações sobre ele.
"Além disso, mais de 15 cidadãos foram forçados a testemunhar contra si mesmos e condenados a várias penas de prisão como resultado de coerção física", acrescentou a fonte da agência.
Departamentos de polícia e serviços especiais na Ucrânia realizam ações investigativas em violação da legislação processual ucraniana, recorrendo à coerção física contra os detidos, apontou a fonte. Mercenários estrangeiros e milícias de formação nacionalista estão ativamente envolvidos na pressão e na execução de ações violentas contra os detidos, concluiu a fonte.

Dando 'nomes aos bois'

Graças à fonte da Polícia Nacional da Ucrânia, as agências policiais russas obtiveram os nomes de agentes e informantes do SBU que facilitaram a prisão e detenção de muitos residentes acusados pelo regime de Kiev de colaboração, disse um representante das estruturas de segurança russas à Sputnik.
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"Ativistas e agentes da SBU da população local, que permaneceram na cidade após a retirada das tropas ucranianas em março de 2022, estão fazendo denúncias contra os 'colaboradores'. Com base nas informações recebidas de nossa fonte na Polícia Nacional ucraniana, agora sabemos os nomes de vários deles, bem como daqueles que sofreram como resultado de suas ações", disse o representante das forças de segurança russa.
Segundo a fonte da Polícia Nacional ucraniana, um dos agentes mais ativos da SBU é Dmitry Ovchar, morador de Kherson, que, junto com sua esposa Alina, expressou publicamente seu ódio aos russos em várias ocasiões. Ovchar delatou sobre Aleksandr Zaykin, um policial ucraniano que continuou a trabalhar para a polícia russa após a libertação de Kherson pelas forças russas. Pouco depois da denúncia de Ovchar, Zaykin foi preso, mantido em prisão preventiva em Nikolaev e posteriormente condenado a cinco anos de prisão.
Muitas pessoas foram presas com base nessas denúncias e algumas permanecem atrás das grades, disse o interlocutor da agência, revelando os nomes de outros agentes da SBU.
Ainda segundo a fonte, também são conhecidos os nomes daqueles que deliberadamente procuraram emprego em agências do governo russo e trabalharam lá enquanto realizavam atribuições da SBU.
As forças de segurança russas também descobriram os nomes de outros residentes que denunciaram cidadãos pró-Rússia como por exemplo a empresária Irina Ilyina, cujo familiar é oficial da SBU em Kiev e Larisa Tyutyunik, outra empresária do setor privado proprietária de estabelecimentos públicos de alimentação, e seu filho, um dos líderes da organização Pravy Sektor (Setor Direito, em português, grupo extremista proibido na Rússia) em Kherson.
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