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Economistas americanos acreditam que desdolarização da economia mundial é uma 'tendência clara'

© AP Photo / Mark LennihanNotas de dólar são depositadas em uma caixa de depósito em Nova York, 24 de maio de 2021
Notas de dólar são depositadas em uma caixa de depósito em Nova York, 24 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 28.05.2023
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O domínio indiscutível dos EUA está diminuindo, embora seja improvável que as nações em todo o mundo recusem o dólar no futuro próximo, a tendência é clara, alertou o think tank Responsible Statecraft, com sede em Washington.
A tendência de desdolarização parece ser imparável, pois os países do mundo têm se esforçado para reduzir sua dependência do dólar, conclui um think tank de Washington, culpando o desenvolvimento e uso da moeda dos EUA como uma arma.
O think tank observou que o processo de "desdolarização" está ganhando força, com os países do Sul Global buscando alternativas ao dólar. Os estudiosos dos EUA referem-se às estatísticas mundiais que indicam que a parcela das reservas globais mantidas em dólares americanos contraiu de 73% em 2001 para 58% em 2023.
A tendência ganhou força desde a decisão do governo Biden de aplicar sanções abrangentes à Rússia e desconectá-la do sistema financeiro global, segundo os estudiosos. A decisão de Washington abalou muitas economias emergentes, levando-as a buscar alternativas, dizem eles.
Cédulas de dólar - Sputnik Brasil, 1920, 25.05.2023
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No mês passado, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, admitiu que a política de Washington de impor sanções a seus rivais em todo o mundo poderia enfraquecer o domínio do dólar.

"Existe o risco, quando usamos sanções financeiras ligadas ao papel do dólar, que, com o tempo, possa minar a hegemonia do dólar", disse Yellen à CNN no dia 16 de abril.

Yellen continuou dizendo que a guerra econômica de Washington "cria um desejo por parte da China, da Rússia e do Irã de encontrar uma alternativa" à moeda americana.
Ao mesmo tempo, a secretária do Tesouro argumentou que o armamento do dólar é "uma ferramenta extremamente importante" e que "[não seria] fácil para outros países encontrar uma alternativa com as mesmas propriedades".
Desafiando a postura de Yellen, o think tank chamou a atenção para o fato de que o uso do dólar como um "instrumento contundente de estadismo" está dando aos aliados e rivais dos EUA "uma abertura para procurar mecanismos alternativos de liquidação".
Vista de cédulas de dólar; moeda teve maior aumento em dois meses - Sputnik Brasil, 1920, 07.05.2023
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Especialista destaca por que a desdolarização é inevitável
Para ilustrar seu argumento, os estudiosos se referiram à Rússia e à França vendendo seu gás natural em yuan chinês. A China e o Brasil também mudaram para acordos financeiros em yuan, enquanto os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão iniciando uma discussão sobre o estabelecimento de uma moeda unificada. "E a lista continua e continua", destacou o think tank da DC.
Os pesquisadores alertam que as amplas sanções de Washington cobrem atualmente 29% da economia global, com 40% das reservas globais também sob restrições dos EUA. Além das políticas de sanções dos EUA, o Federal Reserve (Fed) elevou substancialmente as taxas de juros em um momento em que muitos países em desenvolvimento têm suas dívidas externas em dólares, e commodities muito necessárias, como matérias-primas e alimentos, são cotadas em dólares. Isso adiciona ainda mais combustível ao fogo da desdolarização.
Quer os EUA queiram ou não, a tendência de desdolarização está em andamento, e a única saída para Washington é participar da reestruturação global do sistema monetário "por consenso" com o mundo em desenvolvimento, insistem os estudiosos. Caso contrário, os EUA vão enfrentar "o declínio não gerenciado da hegemonia econômica dos EUA", o que pode levar a consequências desastrosas.
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