Moscou denomina o 'maior erro' do chanceler alemão Scholz que manchará o seu legado

O chanceler alemão Olaf Scholz, vai ficará marcado pela infâmia por menosprezar o sofrimento dos civis em Donbass causado pelas tropas ucranianas, disse Maria Zakharova, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

A diplomata se referia a comentários feitos em fevereiro de 2022, quando Scholz disse que a afirmação da Rússia de que Kiev está cometendo genocídio em Donbass é "ridícula".

"Isso foi o maior erro de sua vida", disse Zakharova em entrevista ao autor e correspondente de guerra alemão Thomas Roeper. Ela acrescentou que a observação manchará o legado de Scholz mais do que qualquer um de seus "erros políticos".

"Cada pessoa é livre para formar suas próprias opiniões, sua atitude em relação à vida. Todos podem ter dúvidas e buscar a verdade. Mas você não pode menosprezar a dor das pessoas que estão perdendo seus entes queridos a cada ano", afirmou Zakharova.

A representante oficial do MRE russo acrescentou que as palavras de Scholz foram cínicas, dado que a crise da Ucrânia "foi orquestrada pelo Ocidente".

Moscou acusou os países ocidentais de incentivar o sentimento nacionalista antirrusso na Ucrânia. O presidente da Rússia Vladimir Putin citou a necessidade de proteger o povo de Donbass e o fracasso de Kiev em implementar os acordos de paz de Minsk de 2014-2015 entre as razões para o lançamento da operação militar na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Segundo Moscou, cerca de 5 mil pessoas foram mortas e quase 9 mil pessoas foram feridas pelas tropas ucranianas desde 2014.