Marinha dos EUA vai aumentar rotações de navios e aeronaves no estreito de Ormuz, diz mídia

A Marinha dos EUA e parceiros regionais estão reforçando a rotação de navios e aeronaves no estreito de Ormuz em uma tentativa de conter os esforços do Irã na região, afirma portal especializado.

De acordo com o portal Military Times, a medida ocorre depois que Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã apreendeu o petroleiro Advantage Sweet (Vantagem Doce), de bandeira das Ilhas Marshall, no golfo de Omã, no dia 27 de abril, e o petroleiro Niovi, de bandeira panamenha, no estreito de Ormuz, no dia 3 de maio.

Segundo a apuração, a Marinha norte-americana, em comunicado à imprensa, afirma que o Irã "assediou, atacou ou interferiu nos direitos de navegação" de 15 navios mercantes de bandeira internacional.

"A apreensão injustificada, irresponsável e ilegal e o assédio de navios mercantes pelo Irã devem parar", disse o vice-almirante Brad Cooper, comandante do Comando Central das Forças Navais dos EUA, 5ª Frota e Forças Marítimas Combinadas dos EUA, no comunicado. "A 5ª Frota dos EUA e nossos parceiros estamos comprometidos em proteger os direitos de navegação nessas águas críticas".

Ainda de acordo com a mídia, os EUA reforçaram sua presença na região com o deslocamento de contratorpedeiros da Marinha dos EUA, cortadores de resposta rápida da Guarda Costeira dos EUA, sistemas não tripulados e uma variedade de aeronaves, de acordo com o comandante Tim Hawkins, porta-voz do NAVCENT.

Segundo o porta-voz, EUA, Reino Unido, França e Bahrein atuaram juntos para patrulhar a região no último fim de semana (13).

"Isso demonstra que estamos trabalhando com aliados e parceiros regionais para reforçar nossa vigilância e presença neste importante ponto de estrangulamento marítimo", disse Hawkins alegando que o comportamento do Irã é um fator desestabilizador para a região.

Os EUA mantém uma presença permanente na região sob a argumentação de garantir a segurança estratégica para os países do Golfo.

No mês passado, a Marinha dos EUA navegou sua primeira embarcação de superfície não tripulada, o interceptador rápido MAST-13, pelo estreito de Ormuz, escoltada pela Guarda Costeira dos EUA.

O MAST-13 continuou a operar no golfo de Omã, onde um conflito marítimo se desenrola depois que forças iranianas apreenderam petroleiros e foram reportadas explosões suspeitas em navios na região, incluindo aqueles ligados a empresas israelenses e ocidentais. Apesar das alegações dos EUA e seus parceiros, o Irã nega qualquer envolvimento nas explosões.