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Plano de paz da China na Ucrânia pode dar início a 'solução política do conflito', diz analista

© AFP 2023 / GENYA SAVILOVMilitares ucranianos participam de um exercício de treinamento na região de Donetsk, 7 de abril de 2023
Militares ucranianos participam de um exercício de treinamento na região de Donetsk, 7 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 30.04.2023
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Embora o plano de 12 pontos da China sobre a Ucrânia não seja um roteiro, pode ajudar a trazer Moscou e Pequim para a mesa de negociações, disse o jornalista e analista político KJ Noh.
O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou durante suas conversas por telefone com o homólogo ucraniano Vladimir Zelensky, nesta semana (26), que a "posição central" de Pequim sobre o conflito na Ucrânia é "promover a paz e as negociações".
O Ministério das Relações Exteriores da China, por sua vez, anunciou após as negociações que enviaria um funcionário do governo à Ucrânia e a outros países para ajudar a conduzir uma "comunicação profunda" com todas as partes para alcançar um acordo político.

"Essa pessoa estará essencialmente engajada na diplomacia entre as partes. Claramente, a Rússia e a Ucrânia não estão em condições de se falar, mas o enviado chinês vai 'de um para o outro' e esperamos construir as condições para [possíveis] negociações futuras", disse Noh à Sputnik. Ao abordar o plano de paz de 12 pontos de Pequim para a Ucrânia, ele o chamou de "bastante interessante".

"Quero dizer, é essencialmente a posição da China. Não é um roteiro [...], mas tem alguns princípios básicos que vêm depois do movimento dos não-alinhados, sabe, o respeito à integridade territorial e à soberania e depois, sabe, pedem a paz e o fim das hostilidades", observou o analista ao se referir ao documento como uma "mistura".
Noh argumentou que o plano pode ser usado como "uma plataforma para iniciar esse processo de avanço em direção a um acordo político" e que "é o momento certo".

"Acho que está bastante claro que a Ucrânia, [...] apesar do que os neoconservadores desejam, não será capaz de sustentar esta guerra de maneira significativa", acrescentou ele, em aparente aceno à operação militar especial da Rússia.

Segundo o analista, "há uma variedade de fatores ambientais que criam a possibilidade de alguma negociação significativa" entre Moscou e Kiev.
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As observações foram feitas alguns dias depois que a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou sobre as negociações de Xi-Zelensky, dizendo que Moscou observa a prontidão de Pequim em estabelecer um processo de negociação para resolver o conflito na Ucrânia.
Segundo a representante russa, Kiev continua a rejeitar "quaisquer iniciativas sensatas destinadas a uma solução política e diplomática para a crise ucraniana", apresentando ultimatos com "exigências deliberadamente irrealistas".

"As autoridades ucranianas e seus curadores ocidentais já demonstraram sua capacidade de encerrar iniciativas pacíficas.[...] Portanto, é improvável que qualquer pedido de paz seja recebido adequadamente por fantoches controlados por Washington", acrescentou Zakharova.

Os comentários vieram logo após Pequim divulgar um documento de 12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia", promovendo, entre outras coisas, o respeito à soberania de todos os países, a cessação das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia respondeu dizendo que a Rússia valoriza o desejo sincero da China de contribuir para a solução pacífica do conflito na Ucrânia. O Kremlin enfatizou repetidamente sua prontidão para negociar, enquanto o governo de Kiev descartou qualquer negociação enquanto Vladimir Putin continuar como presidente da Rússia.
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