Diplomatas dos EUA que violarem Convenção de Viena vão sair de Moscou antes do previsto, diz MRE

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou hoje os embaixadores dos EUA, Reino Unido e Canadá e os alertou quanto às consequências negativas do abuso do status diplomático por parte de representantes estrangeiros na interferência de temas domésticos de Moscou.

A Rússia apresentou um forte protesto à embaixadora dos EUA em Moscou, Lynne Tracy, nesta terça-feira, sobre sua declaração de "apoio" ao ativista da oposição Vladimir Kara-Murza – reconhecido como agente estrangeiro na Rússia —, disse o Ministério das Relações Exteriores.

No início do dia, um correspondente da Sputnik informou que Tracy chegou ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia, para onde foi convocada.

"A chefe da missão diplomática norte-americana foi convocada ao Ministério das Relações Exteriores em 18 de abril, para forte protesto em conexão com declarações provocativas em apoio a Vladimir Kara-Murza, condenado por traição e divulgação deliberada de informações falsas sobre as Forças Armadas russas", disse o ministério.

Segundo o ministério, tais ações podem ser descritas como interferência aberta nos assuntos internos da Rússia.

"Também é apontado que as tentativas de salvar o 'agente de influência' supervisionado por Washington e outras capitais ocidentais parecem hipócritas e ridículas em meio à repressão vergonhosa da dissidência nos próprios Estados Unidos", disse o ministério.

Quaisquer ações do lado dos EUA destinadas a incitar a hostilidade na sociedade russa "serão severamente reprimidas", acrescentou o ministério.

"Funcionários da embaixada dos EUA que violarem a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e abusarem de seu status encerrarão sua estada em Moscou antes do previsto", disse o órgão governamental em comunicado.

Os comentários do ministério sobre a situação se estenderam especialmente à missão diplomática do Canadá em Moscou, comandada pela embaixadora Alison LeClaire.